Governo de Minas proíbe participação de aves e suínos em eventos, como feiras, exposições e torneios

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), publicou uma portaria que estabelece a suspensão da participação de aves e suínos em eventos que possam causar aglomerações de animais, como feiras, exposições e torneios. A medida terá duração de 90 dias e se aplica a todas as espécies de aves, incluindo as ornamentais, comerciais, silvestres e domésticas.
O objetivo da suspensão é evitar a disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), cuja principal forma de transmissão é o contato entre os animais. A fiscal do IMA responsável pelo Programa Estadual de Sanidade Avícola, Izabella Hergot, destaca que a medida está sendo adotada em todos os estados que possuem polo de avicultura, e que recentemente foram registrados muitos focos de transmissão na Argentina.
Embora não tenha havido ocorrência de IAAP em Minas Gerais, Seapa, IMA e Emater-MG atuam na prevenção e vigilância contra a doença que afeta principalmente aves domésticas e silvestres. O Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) emitiu uma Nota de Alerta frente às ocorrências de IAAP em países da América do Sul, destacando a necessidade de adoção imediata de medidas para mitigação do risco de introdução da doença em Minas Gerais.
Desde que o alerta foi emitido, a Seapa, IMA e Emater-MG têm realizado reuniões com diversas entidades para orientar servidores sobre como proceder em caso de um possível caso de influenza aviária. Izabella Hergot recomenda que a notificação de qualquer caso suspeito pode ser feita na unidade mais próxima ou através do Whatsapp: 31 8598.9611.
Considerando a importância da produção avícola nacional e a necessidade de estabelecer normas para produção, o Mapa instituiu em 1994 o Programa Nacional de Sanidade Avícola. Em Minas Gerais, as ações previstas no Programa são de responsabilidade do IMA que promove as estratégias de vigilância epidemiológica para as doenças avícolas de controle oficial, como a influenza aviária, doença de Newcastle, salmonelose e micoplasmose, visando a proteção do platel avícola e a expansão de mercados.