Bandidos que planejavam atentados contra policiais e promotores são presos em MG

Uma ação conjunta da força-tarefa composta pelas polícias Militar, Civil, Penal e pelo Ministério Público de Minas Gerais resultou na desarticulação de uma perigosa quadrilha que planejava ataques contra autoridades de segurança e justiça. A operação, denominada Erínias, ocorreu nesta sexta-feira (23) e resultou no cumprimento de dez mandados de prisão contra os membros da organização criminosa.
Os alvos da operação estavam localizados nas cidades de Uberlândia, em Minas Gerais, e Goiânia, em Goiás. Além das prisões, foram cumpridos outros doze mandados de busca e apreensão, visando coletar provas e materiais relacionados às atividades ilícitas do grupo.
Dentre os presos está um influenciador digital e um ex-policial militar. Segundo informações obtidas pela TV Integração, Lohan Ramires, um influenciador digital de 30 anos e morador de Uberlândia, foi detido na operação. Lohan possui uma grande base de seguidores, com mais de 500 mil nas redes sociais. Ele já havia sido detido em 2022 durante a operação “Má Influência”, que investigava a venda ilegal de medicamentos no Brasil, além de outros crimes. Após um ano de prisão, Lohan foi liberado no início de junho, mediante concessão de habeas corpus no processo relacionado à lavagem de dinheiro.
Outro nome que consta na lista de presos é o de Marlon Batista Nunes, também de Uberlândia, com 38 anos de idade. Marlon foi policial militar, mas acabou sendo exonerado da corporação. Em 2019, ele foi detido durante a operação “Dominó”, que tinha como foco investigar casos de homicídios encomendados com pagamento ou promessa de recompensa.
Além desses casos, a lista de investigados inclui outros nomes como Anderson Modesto Cunha, Marcelo Gonçalves de Carvalho, Hiago Marques Ruas, Leandro Diogo Naves, Jonathan Rodrigues da Silva, Vandeir Tavares da Silva de Lima e Rafael Ardila Chaves.
A ação dos criminosos foi frustrada após a interceptação de uma carta que continha informações sobre o planejamento dos ataques. Descobriu-se que a quadrilha se articulava dentro do presídio Uberlândia I e utilizava um consórcio entre os suspeitos como meio de capitalização. Os recursos arrecadados eram direcionados para aquisição dos materiais necessários para a execução dos crimes.
Delegados, promotores, investigadores, policiais penais e outros agentes de segurança estavam na lista de potenciais vítimas do grupo. Com a saída de parte dos suspeitos do presídio nas últimas semanas, a liderança da quadrilha já havia dado ordens para a execução dos alvos.
Segundo informações da força-tarefa, a quadrilha possui patrimônio oculto em nome de terceiros, utilizando laranjas para ocultar seus bens ilícitos. Além disso, foi constatado um planejamento de fuga por parte dos criminosos após a realização dos atentados.
Durante a operação, os indivíduos que haviam sido recentemente soltos do sistema prisional foram novamente detidos, enquanto aqueles que ainda estavam presos foram transferidos para outras unidades de detenção do Estado, com o objetivo de neutralizar possíveis ações coordenadas dentro do sistema carcerário.
A desarticulação dessa quadrilha representa um importante golpe contra a criminalidade e demonstra o comprometimento das forças de segurança em garantir a paz e a ordem na região. As investigações prosseguem para aprofundar o conhecimento sobre as atividades do grupo e identificar possíveis conexões com outras organizações criminosas.