Casal é condenado a mais de 120 anos de prisão por assassinato e abuso sexual da filha de 1 ano em MG

O Tribunal de Justiça de Justiça (TJMG) concluiu na madrugada desta quarta-feira (28) o julgamento do casal acusado de matar a própria filha, Maria Valentina, de apenas 1 ano e dois meses, em Montes Claros, no mês de julho de 2021. As penas somadas ultrapassam 120 anos de prisão. As informações são da Itatiaia.
O julgamento teve início na manhã de terça-feira (27) e se estendeu ao longo do dia, com a leitura da sentença ocorrendo somente na madrugada desta quarta-feira (28).
A mãe de Maria Valentina foi condenada a 35 anos e sete meses de prisão por homicídio, além de 22 anos e seis meses por estupro de vulnerável, ambos em regime fechado.
Já o pai da bebê recebeu uma condenação de 40 anos por homicídio e mais 22 anos e seis meses por estupro de vulnerável, também em regime fechado.
O juiz de direito Famblo Santos Costa decidiu que os dois condenados não terão direito a recorrer em liberdade e ainda terão que arcar com as custas processuais.
O caso chocou a cidade de Montes Claros e o país como um todo. Maria Valentina Alves Rodrigues faleceu no dia 6 de julho de 2021, com apenas 1 ano e dois meses. O corpo da criança foi descoberto pela avó. O pai da menina tentou fugir após constatar que a filha estava morta, mas acabou sendo detido pelas autoridades horas depois.
Durante as investigações conduzidas pela Polícia Civil, foi constatado que os pais agrediram Maria Valentina durante a madrugada. A mãe confessou ter dado tapas e murros na criança na tentativa de fazê-la parar de chorar, enquanto afirmou ter visto o marido desferindo um soco na bebê. O laudo pericial confirmou que Maria Valentina foi vítima de abuso sexual.
Na época, o delegado Bruno Rezende revelou que a criança sofria agressões recorrentes, algo confirmado pelos irmãos de Maria Valentina. Além disso, os pais eram usuários de drogas e costumavam deixar as crianças sozinhas em casa. A vulnerabilidade da família era tão intensa que a menina não possuía certidão de nascimento, sendo necessário providenciá-la para que ela pudesse ser sepultada de forma adequada.