Um homem de 37 anos foi preso nesta quinta-feira (24) após ser condenado a 43 anos, seis meses e 10 dias de reclusão por estupro de vulnerável. O crime chocante envolveu pelo menos cinco meninos cegos, com idades entre 10 e 13 anos na época dos eventos, que ocorreram em 2015.
As próprias vítimas relataram os abusos às suas mães, que imediatamente procuraram a delegacia para denunciar o agressor. O homem atuava como supervisor pedagógico em uma escola estadual para pessoas com deficiência visual e aproveitou sua posição para cometer os abusos.
O modus operandi do agressor era sempre o mesmo. Ele abusava das crianças no vestiário e em outras situações envolvendo o ambiente da escola.
Em 2016, foi solicitada a prisão temporária do criminoso e, em 2020, ele foi condenado pelo crime de estupro de vulnerável. Desde então, ele estava foragido da justiça, mas a Polícia Civil, com o apoio da Polícia Federal e serviços de inteligência, conseguiu localizá-lo e efetuar sua prisão.
A prisão ocorreu na residência onde ele estava morando, no Jardim Felicidade, na região Norte de Belo Horizonte. O agressor não resistiu à prisão e solicitou falar com sua mãe e com o pastor da igreja que frequentava. O homem frequentemente mudava de endereço e contava com o apoio de sua mãe e outras pessoas para se esconder.
Embora não tivesse emprego formal, o homem obtinha renda por meio da venda de doces por delivery. No entanto, ele também usava esses produtos para atrair as crianças e ganhar sua confiança, presenteando-as com balas, pirulitos e outras guloseimas.
A Secretaria de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) afirmou que o agressor atuou como supervisor pedagógico de forma temporária no Instituto São Rafael, entre agosto e dezembro de 2015, mas não faz mais parte da instituição de ensino desde então. A SEE também destacou que na época prestou apoio e assistência às vítimas e suas famílias, com o auxílio de uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais.
O homem foi encaminhado ao presídio de Ribeirão das Neves, onde cumprirá sua pena de mais de 43 anos de reclusão.
