O mês de outubro é dedicado à conscientização sobre o câncer de mama e do colo de útero, duas das doenças mais prevalentes entre as mulheres em todo o mundo. O movimento conhecido como “Outubro Rosa” tem como principal objetivo educar, sensibilizar e incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce dessas enfermidades. Apesar de sua alta incidência, esses tipos de câncer apresentam um significativo sucesso de tratamento e cura quando identificados precocemente.
De acordo com a enfermeira Rayanne Lopes, professora da Faculdade Alis Itabirito, o câncer de mama e do colo de útero afeta milhões de mulheres e suas famílias. “A conscientização desempenha um papel fundamental na luta contra essas doenças, pois educa a sociedade sobre os riscos, os sintomas e a importância da detecção precoce. O rastreamento é fundamental, realizado por meio dos exames de mamografia e citologia oncótica (Papanicolau), possibilitando a identificação precoce dessas enfermidades por meio de investigação periódica junto a mulheres não enfermas, seguindo protocolos respaldados cientificamente”, afirma.
As principais formas de prevenção incluem:
Autoexame de Mama: Todas as mulheres devem estar familiarizadas com seus corpos e realizar regularmente o autoexame de mama. Qualquer alteração, como nódulos, inchaços ou dor, deve ser relatada a um profissional de saúde. No entanto, é importante ressaltar que o autoexame da mama não substitui a necessidade de um exame clínico realizado por um profissional especializado, nem a importância de manter consultas ginecológicas regulares.
Mamografias Regulares: No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda a realização de mamografias a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos. Entretanto, essa idade pode ser reduzida em casos de mulheres pertencentes ao grupo de risco. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama, diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, entre outros fatores de risco, devem considerar a mamografia anual a partir dos 40 anos.
Papanicolau: O exame Papanicolau deve ser realizado anualmente por mulheres entre 25 e 64 anos que já tiveram atividade sexual, com intervalo de três anos após dois resultados normais consecutivos.
Acompanhamento Médico: Consultas regulares com um ginecologista ou oncologista são essenciais, pois o médico pode orientar sobre o risco individual e a necessidade de exames específicos.
Estilo de Vida Saudável: Manter um peso saudável, adotar uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente e evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco são fatores que podem reduzir o risco de câncer de mama.
Conscientização Genética: Mulheres com histórico familiar de câncer de mama devem discutir a possibilidade de testes genéticos com um médico, pois podem ser mais propensas a desenvolver a doença.
Sobre os sintomas, Rayanne Lopes explica que eles podem variar de pessoa para pessoa. No entanto, existem alguns sintomas comuns que podem indicar a presença de câncer de mama, como a presença de nódulo, mudanças na textura da mama, vermelhidão, retração ou rugosidade da pele, mamilo invertido, secreção nos mamilos, dor nas mamas, inchaço ou nódulos nas axilas, e mudanças no tamanho ou forma da mama. No caso do câncer de colo de útero, os principais sinais incluem sangramento e secreção vaginal anormal, dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais, sangramento menstrual prolongado, sangramento após a relação sexual e dores durante a relação.
Rayanne Lopes encerra destacando a importância da prevenção, afirmando que “prevenir é melhor do que remediar”. Ela incentiva as mulheres a cuidarem de sua saúde e a procurarem ativamente a detecção precoce dessas doenças, garantindo assim maiores chances de tratamento bem-sucedido.