Oito anos após o trágico rompimento da barragem de Fundão, da mineradora Samarco, na cidade de Mariana, a Justiça começou a ouvir os réus no processo criminal relacionado a esse desastre. As audiências tiveram início na tarde desta segunda-feira, dia 6 de novembro, e estão ocorrendo na subseção da Justiça Federal em Ponte Nova, na Zona da Mata de Minas Gerais.
No total, estão programadas oitivas de sete pessoas físicas e quatro pessoas jurídicas nos dias 6, 7, 8, 9 e 13 de novembro. O primeiro réu a ser interrogado foi o engenheiro Germano Lopes, que era gerente operacional da Samarco na época do colapso da barragem. Seu interrogatório teve início às 13h desta segunda-feira.
Na terça-feira, dia 7, a partir das 10h, serão ouvidos Daviely Rodrigues Silva, também ex-gerente operacional da Samarco em 2015, e Wagner Milagres Alves, que ocupava o mesmo cargo.
No dia seguinte, quarta-feira, dia 8, também a partir das 10h, as audiências contarão com os depoimentos de Kleber Terra, diretor de operações e infraestrutura da Samarco, e Ricardo Vescovi de Aragão, então diretor-presidente da empresa.
Na quinta-feira, dia 9, representantes das mineradoras BHP Billiton e Vale S.A. prestarão depoimento a partir das 10h.
No dia 13 de novembro, segunda-feira, a Samarco será ouvida a partir das 10h, seguida pelos depoimentos de Paulo Roberto Bandeira, representante da Vale na Governança da Samarco, Samuel Santana Paes Loures, engenheiro da consultoria VogBR, e a própria VogBR às 13h.
Juntos, esses réus respondem por dez crimes ambientais, inundação qualificada e desabamento, em um processo que busca responsabilizar as partes envolvidas no desastre e buscar justiça para as vítimas da tragédia que ocorreu em novembro de 2015. O rompimento da barragem de Fundão causou uma das maiores catástrofes ambientais do Brasil e deixou um impacto duradouro na região e nas vidas das pessoas afetadas.