O vice-prefeito de Mariana, Cristiano Vilas Boas, encontra-se no centro de uma polêmica após ser acusado de estuprar uma mulher durante uma festa de aniversário em um condomínio fechado, em Nova Lima, na Grande Belo Horizonte, na madrugada de sábado (02) para domingo (03). Cristiano, que foi ouvido pela polícia, foi liberado após um despacho não ratificador da Polícia Civil de Minas Gerais. Ele nega as alegações.
A vítima, que procurou a polícia para denunciar o ocorrido, relatou que estava na festa com um casal de amigos quando conheceu o suspeito. Apesar de inicialmente ter recusado suas investidas, ela o beijou, afastando-se posteriormente para continuar aproveitando o evento.
De acordo com o relato da vítima, que fez uso de álcool e drogas durante a festa, ela acabou adormecendo no sofá da casa. Foi então que o suspeito sugeriu que ela descansasse em um quarto, onde ele a deixou antes de sair e fechar a porta.
Na manhã seguinte, a vítima despertou sem sua calcinha e com o suspeito tocando suas partes íntimas. Em estado de choque, questionou o ocorrido, e o suspeito alegou que havia uma “química” entre eles e que ela estava consentindo. Após oferecer água e assegurar que não a perturbaria mais, ele saiu do quarto.
A vítima, ao deixar o local com seus amigos, dirigiu-se à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ibirité para receber atendimento. O suspeito foi encontrado pela polícia, mas liberado após ser ouvido, em virtude da “falta de elementos que fundamentassem” sua prisão em flagrante.
O vice-prefeito se defendeu em nota divulgada nas redes sociais, afirmando que as acusações são infundadas, e que confia que tudo será esclarecido no decorrer das investigações.
“Em respeito a toda população e as pessoas que estão enviando mensagens preocupadas e para desmentir as fake news que estão sendo divulgadas, inclusive com montagem de boletins de ocorrência em grupos de WhatsApp que já estão sendo registradas, segue despacho da Delegada da Polícia Civil que acompanhou o caso em que estou sendo injustamente acusado, demonstrando que não houve prisão como foi falsamente divulgado, por não terem sido apresentadas provas e nem testemunhas que corroborassem a acusação. Nem mesmo as testemunhas convidadas pela pessoa que me acusa confirmaram a versão dada por ela.
Não sei qual a intenção por trás disso, mas tenho fé em Deus que tudo será devidamente esclarecido no tempo dele”, afirmou o vice-prefeito, em nota divulgada nas redes sociais, citando o despacho não ratificador (veja ao final da matéria).
A Prefeitura de Mariana informou que acompanha os fatos, destacando que as acusações dizem respeito à conduta privada do vice-prefeito, sujeita a investigações pelas autoridades competentes. As investigações estão em andamento pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Nova Lima.
