O desaparecimento de Cláudia Aparecida Vieira Martins e Vander Ferreira Martins, ex-casal de Itabirito que sumiu no último dia 19 de janeiro, completou uma semana nessa sexta-feira, 26 de janeiro. Até então, muitas perguntas continuam sem respostas e a família de Cláudia vive um pesadelo à espera de informações sobre o que de fato teria ocorrido naquela sexta-feira.
“É uma situação horrível, de muita angústia e não sabemos mais o que fazer. Estamos desesperados”, lamenta Fábio Junior, irmão de Cláudia.
De acordo com Fábio, a família está em contato direto com a Polícia Civil de Itabirito, que atua no caso desde o último domingo, 21 de janeiro.
A expectativa é de que as câmeras de segurança espalhadas na cidade ajudem a desvendar o paradeiro do ex-casal. Segundo Fábio, os parentes de Cláudia acreditam que ela esteja viva.
A hipótese levantada pela família é de que Cláudia esteja sendo mantida em cativeiro por Vander, que vinha ameaçando a ex-mulher há algum tempo. O que aumenta as suspeitas é que, após uma semana do desaparecimento, o celular de Cláudia continua recebendo ligações. Por vezes, as chamadas são atendidas, mas quem atende não fala nada.
A mãe de Cláudia, uma idosa de 78 anos que tem problemas de saúde, está sofrendo bastante com toda essa situação. A filha mais nova de Cláudia, uma menina de 12 anos, também está abalada.
Desaparecimento
- De acordo com Fábio, Cláudia teria seguido a rotina de trabalho normalmente naquela sexta-feira, coordenando uma equipe de limpeza de alojamentos de trabalhadores de uma empreiteira;
- Cláudia esteve em um salão de beleza para fazer as unhas e, posteriormente, dirigiu-se ao local de trabalho, na Avenida dos Inconfidentes, no Agostinho Rodrigues, onde deixou o veículo da empresa;
- A partir desse ponto, Cláudia teria seguido a pé, possivelmente encontrando-se com Vander, que estava em seu veículo Chevrolet Celta vermelho;
- O ex-casal teria sido visto na saída do Acesso 2 de Itabirito, em direção ao Acesso 3. Vander teria contornado, entrando novamente na cidade pelo Acesso 3 e seguindo em direção ao bairro Esperança, onde o carro foi encontrado na segunda-feira, 22 de janeiro;
- O veículo estava trancado, com a chave dentro, e no interior foram encontrados um brinco e um óculos quebrado de Cláudia. No chão do passageiro havia marcas de sangue e foram encontrados cabelos no porta-malas. A família desconhece as vestimentas que Cláudia utilizava no dia do desaparecimento;
- A expectativa de obter informações úteis por meio das câmeras de segurança na Arena Gamel foi frustrada, pois os dispositivos não estavam em funcionamento;
- A família de Cláudia fez buscas em diversas localidades da cidade, incluindo o Marzagão e os Portões. Como nada foi descoberto, a ideia agora é procurar em lugares da região, como Engenheiro Corrêa e imediações;
- Segundo informações, a família de Vander ainda não fez o boletim de ocorrência comunicando seu desaparecimento.
Investigação da Polícia Civil
A Polícia Civil de Itabirito continua empenhada na busca por Cláudia e Vander. Desde o registro do desaparecimento, as autoridades têm conduzido diligências e coletado informações na esperança de obter pistas sobre o paradeiro dos dois.
Diligências recentes incluíram buscas em dois endereços suspeitos que poderiam estar servindo como cativeiro, no entanto, os locais estavam vazios. A Polícia Civil também realizou buscas na residência de Vander, mas nada de suspeito foi encontrado.
O trabalho da polícia se estende à análise minuciosa de uma extensa quantidade de imagens de câmeras de segurança espalhadas pela cidade. Essa tarefa, que demanda paciência e atenção, visa encontrar qualquer vestígio que possa indicar a real localização de Cláudia e Vander.
Até o momento, a polícia mantém abertas todas as linhas de investigação e nenhuma hipótese foi descartada, embora as informações detalhadas não tenham sido divulgadas à imprensa para preservar a eficácia das investigações.
As autoridades pedem a colaboração da população, instando qualquer pessoa que tenha informações relevantes a entrar em contato pelos telefones 0800-2828-197, 181 ou 3561-1011, com garantia de sigilo.