Neste domingo, 04 de fevereiro, os empresários Otácio João de Souza, conhecido como Tacinho, e Bruno Santos Souza, da empresa Souza e Braga Transporte Coletivo, tornaram pública sua indignação em relação a uma entrevista recente concedida por Ricardo Oliveira, pré-candidato à prefeito de Itabirito, a um blog local.
Na entrevista, Ricardo abordou a operação Pedra Vermelha, que resultou em prisões e mandados de busca e apreensão relacionados a alegadas irregularidades em contratos entre a Prefeitura de Itabirito e prestadores de serviços. O prejuízo estimado aos cofres públicos foi apontado pelo Ministério Público em R$ 201 milhões entre 2013 e 2018. A empresa acima citada foi alvo das investigações.
Os empresários Tacinho e Bruno refutaram veementemente as alegações de Ricardo Oliveira. Tacinho destacou que a família e a empresa Souza e Braga, da qual são proprietários, não desviaram R$ 201 milhões dos cofres públicos, contestando as acusações e enfatizando a falta de respostas do Judiciário e do Executivo em relação ao processo administrativo que está pendente desde 2018.
“Estamos falando de nós, da nossa família, da empresa Souza e Braga, que não houve (o desvio de) R$ 201 milhões. Não houve nem R$ 200 desviados dos cofres públicos”, afirmou Tacinho.
“O atual gestor (prefeito Orlando Caldeira/Cidadania) ganhou a política em cima (da história) dos R$ 201 milhões. Eu espero que você não venha mais uma vez enganar a população dizendo que vai mostrar onde estão os R$ 201 milhões. Esses R$ 201 milhões estamos aguardando há seis anos uma resposta do Judiciário, do Ministério Público, do Executivo e talvez até da Câmara de Itabirito, que poderia ter aberto uma CPI para descobrir onde estão e para onde foram. Seja um pré-candidato jogando limpo com a população. Não venha jogar sobre os R$ 201 milhões porque não vai colar mais”, disse Tacinho.
Bruno complementou a indignação, considerando infeliz a fala de Ricardo Oliveira. Ele questionou a falta de iniciativa do pré-candidato em buscar esclarecimentos e cobrou um posicionamento do Judiciário, Ministério Público e Executivo sobre a alegada corrupção.
“No meu ponto de vista, a fala dele foi infeliz, porque vai completar seis anos do processo e eu não vi da parte do Ricardo Oliveira o pedido de que seja esclarecido pelo Ministério Público, pelo Executivo, pelo Judiciário, que seja provado os R$ 201 milhões. Já são quase seis anos que estamos sendo prejudicados pela covardia que fizeram com a gente. E mais uma vez levar a política dessa maneira, sobre a Pedra Vermelha, já está ridículo, feio e chato. Eu acho que o povo não vai cair nessa mais”, completou Bruno.
Além disso, os empresários apontaram irregularidades no transporte escolar atual, relatando denúncias ao Ministério Público, Tribunal de Contas e Ministério do Trabalho. Tacinho pediu rapidez na investigação dessas questões e instou Ricardo a fiscalizar e responsabilizar os envolvidos em supostas fraudes no transporte escolar.