Nesta quarta-feira, 13 de março, a Polícia Federal (PF) cumpriu oito mandados de busca e apreensão e cinco mandados de sequestro de bens e valores relacionados a crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro proveniente do contrabando de cigarros.
As investigações tiveram início em dezembro de 2020, após levantamentos policiais apontarem para a atuação coordenada de um grupo criminoso envolvido na distribuição de cigarros contrabandeados do Paraguai.
A Operação Kapnos, deflagrada em novembro do ano passado, foi fundamental para desvendar a conexão entre os distribuidores e os responsáveis pelos crimes em questão. Os investigados, com base na cidade de Janaúba, forneciam cigarros para diversos clientes no Norte de Minas Gerais e Sul da Bahia.
A análise de dados bancários e telemáticos revelou que o grupo movimentou milhões de reais em poucos anos, apresentando um crescimento patrimonial não justificado. Além disso, mantinham relações financeiras recorrentes com pessoas ligadas ao contrabando de cigarros.
O grupo também se utilizava de terceiros para realizar movimentações financeiras oriundas do crime de contrabando.
Os investigados, alvos dos mandados de busca, apreensão e sequestro de bens, estão sendo indiciados pelos crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas somadas alcançam 18 anos de reclusão.
Estudos de segurança pública têm apontado para o crescimento das atividades ilícitas relacionadas ao contrabando de cigarros por grandes organizações criminosas. Portanto, combater esse tipo de crime representa mais uma ação de repressão ao crime organizado.
