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Em audiência pública, TFB reitera a importância de sua instalação para o desenvolvimento de São Gonçalo do Bação

Foi realizada em Itabirito na noite desta sexta-feira, 19 de abril, audiência pública sobre a implantação do Terminal Ferroviário de Bação – TFB, que projeta implantar ferrovia para transporte de cargas sólidas a granel de longa distância em trecho já existente da frente norte da Ferrovia MRS Logística S.A, inaugurada há cerca de 40 anos, no distrito de São Gonçalo do Bação. O espaço de diálogo popular e transparência foi requerido à Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) pela própria empresa.

Na audiência, que reuniu mais de 300 pessoas, o TFB reiterou a importância da implantação da ferrovia para facilitar o transporte de cargas sólidas por meio de um sistema seguro, com alta eficiência energética e de menor impacto ambiental. “A chegada do terminal vai fortalecer a economia local, gerando mais de 70 empregos formais diretos para São Gonçalo do Bação e 1.200 indiretos na área de influência indireta, no município de Itabirito, além de promover a demanda por diversos serviços para a região”, apresentou a diretora Institucional e de Sustentabilidade do TFB, Daniela Diniz Faria. A projeção de empregabilidade é baseada em estudos de impacto econômico realizados pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

O processo de licenciamento ambiental do empreendimento está em análise pela Feam, para a atividade de terminal de minério – o TFB ressalta, porém, que é uma empresa de logística e não de mineração. O consultor ambiental do TFB, César Cruz, relatou a realização de diversos estudos ambientais elaborados com mais aprofundamento e amplitude do que o exigido pela legislação brasileira: o Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima), o Plano de Controle Ambiental (PCA), o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad), o Projeto de Intervenção Ambiental (PIA), o Programa de Comunicação Social (PCS) e o Programa de Educação Ambiental (PEA).

O local de instalação do empreendimento está a cerca de 1,5 quilômetro, em linha reta, do centro de São Gonçalo do Bação. “A escolha do imóvel levou em conta fatores de segurança e redução de impactos ambientais, já que se trata de uma área antropizada há mais de 40 anos. Os diagnósticos prévios apontam que os ruídos gerados pelo TFB não chegarão ao distrito, pois a velocidade do trem será muito menor que a da Ferrovia do Aço. Os equipamentos também passarão por manutenção preventiva e não farão uso de sinalização com uso de ruídos, como buzinas e alarmes: isso será feito por câmeras”, informou César Cruz.

“É importante saber que todos os possíveis impactos da implantação do terminal e sua atividade e foram estudados e são mitigáveis. A empresa não vai alterar o modo de vida da população”, afirmou Daniela Faria. Segundo ela, o projeto contempla, por exemplo, um robusto sistema de drenagem que garantirá a devolução da água em condições adequadas ao meio ambiente. “O TFB também irá implementar uma cortina arbórea para a contenção de qualquer poeira que possa ser gerada.”

Mesmo antes da instalação do sistema modal, a empresa está em constante diálogo com a comunidade. “O TFB já desenvolveu laços muito fortes com os moradores de São Gonçalo do Bação, promovendo e apoiando diversas ações sociais e de educação ambiental, dentre eles, os projetos TFB Cultural, TFB Tecendo Raízes e Feira da Comunidade. Acreditamos que podemos ser grandes parceiros do patrimônio cultural e ambiental do distrito, favorecendo, inclusive, o turismo”, disse Daniela Faria.

Outros exemplos de ações na comunidade são: oferecimento de cursos variados, como inglês, corte e costura e empreendedorismo; montagem de coral; e apoio a festas, feiras, eventos e projetos, ajudando a manter viva as tradições locais.

Meio ambiente

A utilização do TFB, do ponto de vista ambiental, permitirá importante diminuição do tráfego de carretas na BR-040 e no Anel Rodoviário de BH, e acarretará a redução de emissão de cerca de 14 mil toneladas/ano de CO₂. Comparado com o modal rodoviário, a ferrovia emite até 75% menos gases poluentes, reduzindo ainda a circulação de caminhões e a ocorrência de acidentes.

De acordo com o consultor Germano Vieira, “em um mundo onde a sustentabilidade é cada vez mais exigida, a instalação do Terminal Ferroviário de Bação vai eliminar 11 mil quilômetros anuais percorridos por caminhões. Isso equivale à diminuição de 500 carretas por dia e de 164 mil caminhões por ano num percurso de 67 km na BR-040 e no Anel Rodoviário. Devemos lembrar que o modal ferroviário é um transporte mais seguro, eficaz, sustentável, de forma que toda a população mineira sai ganhando”.

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