Ouro Preto: estudante da Ufop é indiciado por suspeita de desvio de R$ 500 mil em república
Após um extenso processo de investigação, o estudante da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) suspeito de desviar meio milhão de reais de uma república estudantil na cidade foi indiciado pelo crime de furto mediante lavagem de dinheiro. O inquérito, conduzido pela Polícia Civil de Minas Gerais, foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário para os próximos procedimentos legais. As informações são de O Tempo.
Os fatos vieram à tona após uma denúncia-crime enviada ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e à UFOP, em março do ano anterior. A Associação República Partenon, que agrupava cerca de 60 pessoas, foi o alvo dos desvios, que teriam sido realizados ao longo do tempo.
De acordo com relatos dos moradores da república, a descoberta dos desvios ocorreu durante uma reunião com o representante do estudante suspeito. Nessa ocasião, foi mencionado um suposto rombo de R$ 17 mil nas contas da associação. Os moradores afirmaram que o estudante alegou ter investido o dinheiro em renda variável e jogos de apostas online na tentativa de recuperar os valores, mas sem sucesso.
A defesa do estudante afirmou estar ciente do indiciamento e aguardará a análise do inquérito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Os advogados reforçaram que o investigado continua à disposição das autoridades, mantendo a mesma postura desde o início das investigações.
Segundo informações fornecidas pelos estudantes à reportagem de O Tempo, os desvios se intensificaram próximo ao Carnaval, quando festas organizadas pelos moradores da república proporcionaram oportunidades para retiradas de dinheiro da conta.
O suspeito, na época com 25 anos, ocupava o cargo de tesoureiro da república, onde residia há seis anos. Em dezembro de 2021, foi selecionado para administrar a conta bancária da associação.
O montante desviado, acumulado ao longo de mais de 20 anos desde a fundação da república, tinha como destino a aquisição de um imóvel próprio para os moradores. Contudo, os desvios comprometeram esse objetivo, causando prejuízos significativos para a comunidade estudantil envolvida.
A defesa do estudante afirmou que se manifestará “no momento oportuno”, destacando que o investigado estava sob tratamento médico, mas permanece à disposição das autoridades e dos membros da associação para esclarecer os fatos. O desfecho desse caso agora aguarda os próximos passos do sistema judiciário.