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Morte por dengue em Itabirito expõe negligência e falhas no sistema de saúde; presidente da Câmara cobra esclarecimentos

A população de Itabirito está abalada após a precoce morte de Aline Morais, uma jovem professora de educação infantil de 34 anos, mãe de quatro filhos e moradora do bairro Padre Adelmo. Aline morreu devido a complicações decorrentes da dengue, e sua família está exigindo justiça diante das circunstâncias que levaram ao seu falecimento.

O presidente da Câmara de Itabirito, vereador Pastor Anderson do Sou Notícia, expressou profunda consternação com a situação, questionando a falta de atendimento adequado que poderia ter salvo a vida de Aline. “Uma nota técnica vinda por parte do jurídico da Prefeitura de Itabirito vai trazer a Aline de volta?“, indagou o vereador, ressaltando a necessidade de investigação sobre o ocorrido.

Damares Martins, psicanalista  e gestora do Sou Notícia, destacou a possível negligência envolvida no caso e instou às autoridades a apurarem os fatos. “O que queremos retratar é que, de alguma forma, houve uma negligência, e isso precisa ser apurado”, afirmou.

Morte de Aline

Os relatos sobre os eventos que precederam a morte de Aline revelam uma série de falhas no sistema de saúde. Segundo informações, Aline foi inicialmente atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Celso Matos Silva, mas devido à gravidade de seu estado, foi transferida para o Hospital São Vicente de Paulo.

A junta médica do hospital de Itabirito percebeu que o caso de Aline era de maior gravidade e ela precisou ser levada para um hospital de referência em Contagem.

No entanto, o hospital em Contagem teria recusado o atendimento alegando um débito do município de Itabirito, no valor de R$ 140 mil, levando Aline de volta ao hospital de Itabirito. Esse fato gerou indignação entre os familiares da jovem, que questionam como uma questão financeira pode ter sido prioritária diante da urgência médica. Aline acabou morrendo nesse sábado, 27 de abril.

“O que mais nos deixa indignados é que o hospital em Contagem não quis atender porque alegaram que havia um débito do município de Itabirito no valor de R$ 140 mil. Isso precisa ser muito bem apurado”, afirmou Damares.

O vereador Anderson expressou sua revolta com a situação e criticou a falta de ação das autoridades competentes. “O que me deixa revoltado é ver uma mulher morrer precocemente porque faltou dinâmica, expertise, habilidade, diálogo, política por meio da Secretaria de Saúde do município”, desabafou.

“A família da Aline procurou o Ministério Público e foi judicializada uma ação para que a Secretaria de Saúde do município, juntamente com o hospital, atendessem Aline. Porém, antes que isso fosse possível, Aline veio a óbito. Uma ordem judicial vai trazer ela de volta? Uma ordem judicial vai trazer uma mãe para os quatro filhos?”, lamentou o vereador.

Diante dessa tragédia, a família de Aline clama por justiça. “Nenhuma outra pessoa deveria passar por isso por falta de expertise, por negligência”, afirmou Damares.

O vereador Pastor Anderson já procurou a secretária municipal de Saúde, Cleusa Claudino, também o prefeito e o vice-prefeito, Orlando Caldeira e Elio da Mata, respectivamente, e afirmou que irá em busca de esclarecimentos sobre a morte de Aline.

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