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Caso Agostinho: 1ª audiência sobre o atropelamento fatal de idoso acontece na próxima semana em Itabirito

No próximo dia 26 de junho, às 15h, ocorrerá a primeira audiência do caso envolvendo a cantora e influenciadora digital Júlia Reis, acusada de atropelar o idoso Agostinho Ascenção da Silva, de 86 anos, em Itabirito. Agostinho não resistiu às complicações e acabou morrendo. A audiência será realizada no Fórum Desembargador Edmundo Lins, onde testemunhas, incluindo familiares e vizinhos que presenciaram o acidente, serão ouvidas.

Agostinho era um idoso querido por sua comunidade. Ele costumava sentar-se em frente à sua casa para descansar e observar a movimentação na rua. No dia 14 de outubro de 2022, enquanto estava sentado em frente à sua residência no bairro Capanema, Agostinho foi atropelado por Júlia Reis, que subia o morro da rua Francisco Augusto Malheiros.

Gravemente ferido, Agostinho foi levado inicialmente para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Celso Matos da Silva, em Itabirito, e posteriormente transferido para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. Ele sofreu várias paradas cardíacas e teve uma das pernas amputada devido ao impacto. Agostinho não resistiu às complicações e faleceu. Seu corpo foi velado e sepultado no dia 19 de outubro de 2022.

Em julho de 2023, a família de Agostinho instalou uma faixa na casa onde ele residia, clamando por justiça: “Estamos lutando por justiça!!! Senhor Agostinho, a sua morte não fica impune.” O filho mais novo de Agostinho, Nilson Ribeiro da Silva, relatou a dor e o desespero que enfrentou ao encontrar seu pai após o acidente. Nilson foi o primeiro a chegar ao local e descreveu a cena trágica. Segundo ele, o pai estava bastante machucado, já com uma das pernas dilacerada pelo impacto da colisão.

A batida do carro foi tão severa que o portão da garagem da casa de Agostinho foi arrombado. Testemunhas afirmam que a condutora do veículo estava em velocidade acima do ideal, a cerca de 67 km/h, e invadiu a contramão.

Denise de Fátima, nora de Agostinho, descreveu a dor e os desafios enfrentados pela família após o acidente, incluindo a deterioração da saúde emocional de Nilson e a dificuldade da esposa de Agostinho, Raimunda, de continuar vivendo na casa onde o acidente ocorreu. Além disso, a pequena Julya, filha de Denise e Nilson, também desenvolveu traumas com o episódio e está fazendo acompanhamento psicológico desde então.

A advogada Valéria Anadia Albuquerque, representando a família de Agostinho, atuará como assistente de acusação. A família busca respostas e justiça pelo ocorrido, enquanto lida com a dor e as consequências emocionais do trágico acidente.

A audiência é um passo importante para a família, que espera que a justiça seja feita e que a memória de Agostinho seja honrada.

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