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Nova audiência sobre o atropelamento que resultou na morte de idoso será realizada no Fórum de Itabirito

No próximo dia 11 de setembro, o caso envolvendo a cantora e influenciadora digital Júlia Reis, acusada de atropelar e causar a morte do idoso Agostinho Ascenção da Silva, de 86 anos, em Itabirito, terá uma nova audiência no Fórum Desembargador Edmundo Lins. A sessão dará seguimento à oitiva das testemunhas, incluindo o depoimento da acusada.

De acordo com a advogada Valéria Anadia Albuquerque, que representa a família de Agostinho como assistente de acusação, a primeira audiência, realizada no dia 26 de junho, foi dedicada à oitiva das testemunhas. No entanto, uma das testemunhas de defesa de Júlia não compareceu, resultando na necessidade de uma nova audiência. Somente após todas as testemunhas serem ouvidas, o depoimento da acusada será colhido.

O caso teve grande repercussão em Itabirito. Agostinho era um idoso querido por sua comunidade e costumava sentar-se em frente à sua casa, no bairro Capanema, para descansar e observar a movimentação. Em 14 de outubro de 2022, enquanto estava sentado em frente à sua residência, Agostinho foi atropelado por Júlia Reis, que dirigia em alta velocidade e invadiu a contramão na rua Francisco Augusto Malheiros.

Gravemente ferido, Agostinho foi inicialmente levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Celso Matos da Silva, em Itabirito, e depois transferido para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. Ele sofreu várias paradas cardíacas e teve uma das pernas amputada devido ao impacto. Apesar dos esforços médicos, Agostinho não resistiu às complicações e faleceu. Seu corpo foi velado e sepultado em 19 de outubro de 2022.

A família de Agostinho, em busca de justiça, instalou uma faixa na casa onde ele residia, com a mensagem: “Estamos lutando por justiça!!! Senhor Agostinho, a sua morte não fica impune.” Nilson Ribeiro da Silva, filho mais novo de Agostinho, foi o primeiro a chegar ao local do acidente e descreveu a cena trágica, relatando a dor profunda de encontrar o pai gravemente ferido.

O impacto do acidente foi tão severo que o portão da garagem da casa de Agostinho foi arrombado. Testemunhas afirmam que Júlia Reis dirigia a aproximadamente 67 km/h, acima da velocidade permitida, e perdeu o controle do veículo.

Denise de Fátima, nora de Agostinho, descreveu os desafios emocionais que a família enfrenta desde o acidente, incluindo a deterioração da saúde emocional de Nilson e as dificuldades de Raimunda, esposa de Agostinho, em continuar vivendo na casa onde o acidente ocorreu. A neta de Agostinho, Julya, desenvolveu traumas significativos com o episódio e está em acompanhamento psicológico.

A nova audiência representa um passo crucial para a família, que espera que a justiça seja feita e que a memória de Agostinho seja honrada.

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