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Policiais militares denunciam atrasos e insuficiência no pagamento de diárias em Minas Gerais

Uma audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (8), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), discutiu denúncias sobre o pagamento inadequado de diárias a policiais militares que precisam se deslocar para cidades distantes de suas lotações. De acordo com as reclamações, os valores recebidos pelos agentes estão sendo inferiores ao necessário para cobrir despesas com hospedagem e alimentação. As informações são de O Tempo.

O deputado estadual Sargento Rodrigues (PL), presidente da Comissão de Segurança Pública da ALMG, recebeu as denúncias e convocou a audiência. Ele afirmou que o problema, que já ocorre desde 2019, se agravou em 2023, afetando principalmente sargentos, cabos, soldados e tenentes. “Tem casos em que o policial recebeu apenas 0,25% do valor ao qual ele teria direito. São valores como R$ 64,50 para deslocamentos de cerca de 140 km, cobrindo despesas com hotel, combustível e alimentação. Nenhum trabalhador, público ou privado, deve pagar do próprio bolso para trabalhar”, destacou o parlamentar.

Sargento Rodrigues estima que cerca de 35 mil policiais em todo o estado estão sendo prejudicados, especialmente em cidades do interior, como Almenara, Barbacena, Passos, Pouso Alegre, Araxá e Montes Claros. Em um dos casos relatados, ocorrido em 2023, policiais teriam trabalhado 34 dias em Belo Horizonte, recebendo apenas 18 diárias.

O comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Carlos Frederico Otoni Garcia, esteve presente na audiência e afirmou que a situação está sendo analisada. Ele explicou que estudos já foram solicitados para entender as falhas no pagamento das diárias e que os resultados devem estar prontos em até 20 dias. O comandante mencionou ainda que a falta de pagamentos também está relacionada às dificuldades financeiras do estado, mas que medidas serão tomadas para solucionar o problema, como o remanejamento de recursos.

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