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Pesca ilegal e venda irregular de peixes são alvo de operação em Minas

A Polícia Militar de Meio Ambiente de Minas Gerais, em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMAD) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF), lançou nesta sexta-feira (01) a Operação Piracema, que visa combater a pesca predatória e a venda irregular de pescados em todo o estado. A operação acontece durante o período de reprodução dos peixes, conhecido como piracema, e se estende até 28 de fevereiro do próximo ano.

A ação busca proteger os peixes nativos, especialmente os que estão em extinção ou abaixo do tamanho permitido para captura. Nesta fase do ciclo reprodutivo, os peixes se tornam mais vulneráveis, pois se reúnem para migrar até locais de desova, momento em que ficam mais suscetíveis à pesca predatória. “Após subir o rio e colocar os ovos, os peixes ficam cansados, o que os torna ainda mais vulneráveis”, explica o tenente-coronel Emiliano Lages, comandante do Batalhão de Meio Ambiente da Polícia Militar de Minas Gerais, em entrevista ao O Tempo.

Durante a operação, serão realizadas ações preventivas e repressivas em rios e lagos de Minas Gerais, além de fiscalizações em empreendimentos de comércio de pescado in natura. A operação também conta com campanhas educativas para conscientizar pescadores sobre a importância do período reprodutivo. “Vamos explicar para o pescador que ele não pode pescar filhotes, pois, caso contrário, no futuro ele não terá peixes para pescar”, reforça o tenente-coronel Lages.

As restrições de pesca incluem proibições em lagoas marginais, cachoeiras e áreas próximas a barragens, além da captura de espécies ameaçadas. Durante o período de piracema, a pesca de peixes filhotes é proibida, e a captura de peixes adultos só é permitida para consumo próprio, sendo proibida a venda dos mesmos.

Comerciantes de peixe in natura também estão sujeitos a restrições e não podem vender pescado capturado durante o período da operação. Quem descumprir as normas pode ser penalizado com multas a partir de R$ 500, com valores maiores dependendo de fatores como local e espécie do peixe. Os infratores também podem ser presos, e seus equipamentos de pesca, como lanchas, barcos e redes, podem ser apreendidos. As informações são do site O Tempo.

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