Lula é operado às pressas após sentir dores na cabeça

Na noite de segunda-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi submetido a uma cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sentir dores de cabeça. O procedimento, uma craniotomia para drenagem de hematoma intracraniano, decorreu sem intercorrências, e o presidente segue internado em estado estável na UTI do hospital.
De acordo com o boletim médico divulgado pelo hospital, o incômodo inicial levou Lula a realizar exames de imagem em Brasília, onde foi constatada a hemorragia intracraniana, possivelmente causada por uma queda sofrida em 19 de outubro. Após a avaliação, o presidente foi transferido para São Paulo para o procedimento cirúrgico.
Fontes próximas afirmaram que Lula relutou em interromper sua agenda oficial, insistindo em participar das atividades do dia, mesmo apresentando sonolência e mal-estar. “Ele só se entregou na última agenda”, revelou uma fonte que acompanhou o presidente. A decisão de procurar atendimento médico ocorreu ainda no gabinete presidencial, de onde seguiu diretamente para o hospital.
A transferência para São Paulo foi realizada no avião presidencial, equipado com itens de UTI por precaução, embora não tenham sido utilizados. Apenas pessoas essenciais acompanharam a viagem, incluindo a primeira-dama Janja da Silva, seguranças e uma equipe médica especializada, com a presença de um neurocirurgião. Lula, segundo relatos, manteve-se calmo e acordado durante todo o trajeto.
No hospital, o procedimento foi realizado com sucesso, e o presidente está lúcido e sob monitoração intensiva. Ainda não há informações sobre alta ou retorno às atividades presidenciais.
A cirurgia de Lula gerou comoção entre aliados e apoiadores, que expressaram solidariedade e votos de pronta recuperação. Políticos de diversos espectros ideológicos destacaram a importância de o presidente dar prioridade à sua saúde.
O Palácio do Planalto ainda não divulgou um comunicado oficial sobre alterações na agenda presidencial ou uma eventual designação do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para assumir compromissos enquanto Lula se recupera.