Especialistas do Hospital João XXIII dão dicas para evitar acidentes domésticos nas férias escolares

O Hospital João XXIII registrou uma média de 800 atendimentos anuais nos últimos dois anos, envolvendo crianças e adolescentes com até 19 anos, entre a segunda quinzena de dezembro e a primeira semana de fevereiro. Apenas entre 16 de dezembro de 2024 e 1º de janeiro de 2025, foram 242 ocorrências, uma média de 14 atendimentos diários.
Entre os acidentes mais comuns estão ingestão de objetos, quedas, intoxicações e acidentes com animais peçonhentos. Casos como o de Mickaelly, envolvendo queimaduras, são menos frequentes, mas igualmente graves.
“O ambiente doméstico é o local mais perigoso para crianças de 2 a 15 anos, representando 50% dos acidentes nesse grupo. A prevenção é essencial para evitar tragédias”, destacou o pediatra André Marinho, coordenador do setor de Trauma Pediátrico do HJXXIII.
Especialistas reforçam a importância de criar ambientes seguros e supervisionar constantemente as crianças. A pediatra Regina Eto, que atua há 30 anos no HJXXIII, alerta para perigos comuns, como o armazenamento de produtos de limpeza em garrafas PET, que podem ser confundidos com bebidas, e o acesso a objetos cortantes e medicamentos.
Fora de casa, a atenção redobrada é necessária em locais como piscinas, rios e cachoeiras, que lideram os casos de afogamento, um dos acidentes mais fatais. Equipamentos de parques e áreas de lazer também devem ser inspecionados pelos responsáveis.