O cinema brasileiro fez história na noite deste domingo (2), durante a 97ª edição do Oscar, em Los Angeles. O longa-metragem “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, venceu o prêmio de Melhor Filme Internacional, garantindo ao Brasil a primeira estatueta da categoria em toda a história da premiação.
O feito histórico marca o retorno do Brasil à disputa após 26 anos, desde a última indicação com “Central do Brasil” (1999), também dirigido por Salles. Agora, na quinta indicação do país na categoria, o prêmio finalmente veio, coroando uma trajetória marcada por aplausos internacionais e elogios da crítica especializada.
Na disputa, “Ainda Estou Aqui” superou o favorito “Emilia Pérez”, musical franco-mexicano que liderava as indicações desta edição, além de outros concorrentes de peso como “A Semente do Fruto Sagrado” (Alemanha), “Flow” (Letônia) e “A Garota da Agulha” (Dinamarca).
Entre os indicados, apenas “Emilia Pérez” e “Flow” já haviam conquistado prêmios em outras grandes cerimônias, o que aumentava a expectativa em torno do favoritismo de ambos. No entanto, veículos como a Variety e a The Hollywood Reporter já apontavam o longa brasileiro como uma aposta certeira para a vitória, destacando sua força narrativa e as atuações marcantes de Torres e Mello.
Com a vitória inédita, o Brasil não apenas rompeu a barreira histórica do Oscar como também reforçou sua presença no cenário internacional do cinema. “Ainda Estou Aqui” consolida-se, assim, como um marco da cinematografia nacional, celebrando a potência do audiovisual brasileiro diante dos olhos do mundo.
