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Polícia Civil conclui investigações sobre homicídio e dois suspeitos são indiciados em MG

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu as investigações sobre o homicídio de um homem de 39 anos, ocorrido no dia 30 de maio de 2024, no bairro Marumbi, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. A vítima foi encontrada sem vida dentro de um veículo de aplicativo, e a causa da morte, inicialmente reportada como queda, foi confirmada como agressão após análises periciais. Dois suspeitos – uma mulher de 30 anos e um homem de 31 – foram indiciados por homicídio qualificado, com emprego de tortura, à traição, emboscada e concurso de pessoas.

De acordo com as investigações conduzidas pelas equipes da 5ª e da 6ª Delegacias de Polícia Civil de Juiz de Fora, o crime ocorreu no contexto de um “tribunal do crime”, prática violenta utilizada por organizações criminosas para punir, torturar e executar aqueles que supostamente infringem regras impostas pelo tráfico de drogas na região. A vítima teria sido acusada de furtar uma ferramenta elétrica de um dos membros do grupo, o que resultou em sua sentença informal de espancamento e morte.

Segundo relatos colhidos pela polícia, o líder do grupo, já identificado, ameaçou matar a esposa da vítima, exigindo que ela entregasse a ferramenta furtada, e afirmou que ficaria com a filha do casal como forma de represália. A vítima foi levada a um ponto de referência do tráfico de drogas no bairro Progresso, onde foi cercada e agredida com bastões e outros objetos contundentes por vários indivíduos, incluindo homens e mulheres.

Após a tortura, o homem foi colocado em um veículo de aplicativo, já em estado grave de saúde e com lesões severas. Durante o trajeto para casa, ele perdeu a consciência e faleceu antes de receber atendimento médico. A delegada Bianca Mondaini, que coordenou as investigações, destacou que os suspeitos assumiram o risco de morte da vítima ao deixá-la em condições críticas.

A investigação apontou que a organização criminosa responsável pelo crime tem forte atuação na região, utilizando extrema violência para controlar a comunidade local. “Relatos de moradores indicam que os suspeitos têm envolvimento direto com o tráfico de drogas, homicídios e porte ilegal de armas, utilizando métodos de tortura para impor suas regras e eliminar desafetos”, afirmou a delegada.

Foragidos e pedido de colaboração

Diante das provas coletadas, foram expedidos mandados de prisão preventiva contra Jonathan Fernandes da Silva, de 31 anos, apontado como um dos líderes do tráfico de drogas na região, e Taianara Guaraciaba Gomes, de 30 anos, que teria participado diretamente das agressões e é apontada como proprietária da ferramenta furtada. Ambos estão foragidos.

A Polícia Civil divulgou as imagens dos suspeitos e solicitou a colaboração da comunidade para localizá-los. Qualquer informação sobre o paradeiro de Jonathan, Taianara ou outras pessoas envolvidas no crime pode ser repassada de forma anônima e sigilosa pelo Disque Denúncia Unificado (DDU-181).

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