Opinião

Opressão e possessão

A ação de Satanás para atingir os filhos de Deus não é novidade para nós, cristãos.

Marcos 5: 1-20

A ação de Satanás para atingir os filhos de Deus não é novidade para nós, cristãos. A Palavra está repleta de versículos e relatos que falam acerca das constantes tentativas do diabo de derrotar os salvos. Jesus preparou seus discípulos para que tivessem vitória na luta contra o inimigo (Mt 26: 41). Vamos analisar dois assuntos de grande interesse relacionados à batalha espiritual: opressão e possessão demoníaca. São estratégias do inimigo para ir assumindo o controle da vida das pessoas.

I – OPRESSÃO

Opressão é a presença de demônios, “ENTIDADES”, em determinados ambientes e sua influência direta sobre as pessoas. Há, no Novo Testamento, diversas referências à opressão demoníaca (Lc 4: 18; At 10: 38). As forças do mal invadem o local e o tornam pesado e carregado. Os demônios assediam as pessoas que moram ou frequentam aquele lugar, exercendo pressão sobre elas e, muitas vezes, as levam à exaustão e à depressão. Essa invasão maligna só ocorre quando se dá lugar à ação do diabo.

Os demônios procuram nossos pontos mais fracos. Com isso, enfraquecem nossa resistência moral e espiritual. Eles trazem a preguiça, o desânimo, as incertezas, a indiferença, a desobediência etc. Para trazer males à igreja, família, até mesmo dentro dos governos “executivo, legislativo e judiciário”, o inimigo procura um espaço… E muitos abrem as portas para o tentador. Quantas pessoas se reúnem e o que mais gostam de fazer é falar mal dos outros nas redes sociais – virou moda usar um perfil falso para oprimir as pessoas com mentiras. São lares onde as palavras são instrumentos de destruição, ao invés de bênção e edificação. Contudo, elas não sabem de uma coisa: estou preparado para a guerra.

Todos os seres humanos, inclusive homens que servem a Deus de verdade, estão sujeitos à opressão. A opressão pode atingir qualquer área da vida. As mais afetadas são as seguintes:

  • moral – levando à mentira, prostituição, roubos, assassinatos etc;
  • física – causando enfermidades e doenças. O diabo oprimiu Jó e, mediante permissão de Deus, trouxe-lhe enfermidade. No entanto, nem todas as enfermidades e doenças são de origem maligna;
  • material – levando o homem à obsessão por bens, dinheiro, cargos etc;
  • espiritual – induzindo à idolatria, à prática de ocultismo.

Como obter vitória? Quem é de Deus, que luta contra essa ação do maligno, é vencedor; porque seus pés estão firmados na Rocha Eterna – Cristo (Sl 40: 2). A maneira que Jesus ensinou para vencermos o maligno é atacá-lo pela oração, jejuns e proclamação da Palavra, destruindo suas armas de engano e tentação demoníacas (Mt 17: 21).

II – POSSESSÃO

Se a opressão é a presença de demônios em torno da pessoa, a possessão é a presença de um ou mais demônios dentro dela (Mc 5: 9-13). A opressão opera de fora para dentro, já a possessão, de dentro para fora. É sinal de que o diabo alcançou grande domínio sobre a vida das pessoas (Já salvei pessoas da morte aqui em Itabirito, pronto pra cometer suicídio na ponte na BR 356); são demônios que falam no coração das pessoas, dizendo mentiras. Demônios controlam reações.

Quando os demônios não apenas dominam o ambiente, mas passam a controlar uma pessoa, existe um típico caso de possessão. Em Mc 5: 1-20 há um exemplo disso. O homem andava sempre nu (Lc 8: 27), de noite e de dia, clamando entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras. Quando uma pessoa está possessa, ela perde o controle de si mesma. O homem gadareno (Marcos 5) tinha o corpo dominado e usado por demônios (vv. 1-5); perdera a sensibilidade física (não sentia dor, frio, fome), bem como o controle das faculdades: voz, ação, locomoção (vv. 6-7).

No entanto, depois de libertado por Jesus, foi encontrado assentado, vestido e em perfeito juízo. Outros casos de possessão demoníaca podem ser vistos em Mc 9: 17-27; Mt 9: 32, 33; 12: 22. Alguns deles estão ligados a enfermidades.

Tanto a opressão como a possessão podem atingir o crente. Para que isto não aconteça, é necessário que as palavras que proferimos venham a constituir bênção a todos (Ef 4: 29); que confessemos a vitória (Fp 4: 3); que vigiemos e oremos em todo tempo (Mc 14: 38; Lc 22: 40).

Deus nos chamou para abençoar a todos, indistintamente. Abençoar é declarar o bem das pessoas, crendo que Deus endossará as nossas palavras. Abençoar é clamar a Deus em nosso benefício ou de alguém (Nm 22: 6).

III – A VITÓRIA EM CRISTO, Fp 3: 12-14

Cristo libertou-nos para que pudéssemos apresentar a Deus, voluntariamente, nossa adoração, reverência, fé, amor e esperança. Jesus nos devolveu a alegria de uma comunhão sincera com Deus. Nosso espírito está livre. Nossa alma, outrora escravizada pelo inimigo, estava oprimida, desfalecida. Contudo, agora, liberta por Deus, ela libera:

  • a força do seu intelecto. Servimos a Deus com inteligência, Rm 12: 2;
  • a força emotiva. Antes, chorávamos de tristeza; agora choramos de alegria pela presença de Jesus, Sl 126: 3;
  • a força da memória. Esquecemo-nos do que ficou para trás, prosseguindo para o alvo da nossa vocação, isto é, do chamado por Deus, Fp 3: 13;
  • a força da consciência, fazendo tudo para agradar a Deus, de livre e espontânea vontade, 1 Jo 3: 22;
  • a força do seu raciocínio, meditando e agradecendo a Deus pela grande salvação e libertação oferecidas por Jesus Cristo.

Paz e graça.

 

Pastor Anderson Martins é presidente da Assembleia de Deus Missão – Ministério Itabirito, presidente do Conselho Educativo de Evangélicos de Itabirito (Colei), presidente da Associação Projeto Resgate Comunidade Terapêutica, filiado à Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB), Capelão pela União dos Evangélicos do Brasil (UceBras). Casado, pai de quatro filhos, formado em Teologia pela Escola Bíblica Permanente Sião e comunicador. Tem sempre uma palavra de motivação e sabedoria para seus leitores e ouvintes. 

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