Secretários falam sobre a 14ª Semana de Desenvolvimento Econômico de Itabirito
Em entrevista ao Sou Notícia, os secretários municipais de Desenvolvimento Econômico e Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Avelar e Álvaro Maia, respectivamente, falaram sobre o tradicional evento da cidade.
Como que surgiu a ideia de criar a Semana de Desenvolvimento Econômico de Itabirito?
Antônio: A ideia surgiu em 2005, quando a gente estava exatamente querendo mostrar a população de Itabirito e mesmo a região, o que Itabirito tinha no setor de negócios. As empresas de Itabirito, o que elas produziam, na verdade dá a oportunidade as empresas de se mostrarem não só para a população de Itabirito, mas também para o público que nos visitava. Então surgiu em 2005, na Praça da Estação, na época acho com quatro ou cinco stands, com muita dificuldade. Quem apostou conosco e nos ajudou naquela época foi o Sebrae. E de lá para cá, realmente com o apoio da Adesita, o evento cresceu bastante. Saiu de cinco stands em 2005, para praticamente 130 stands este ano. O evento já até ultrapassou os limites de Itabirito, hoje nós temos expositores não só de Itabirito, mas da região (alguns até de Belo Horizonte). É uma forma de mostrar, principalmente nesse momento que a economia está tão retraída, é uma oportunidade que as empresas têm para mostrar seus produtos, seus serviços, a população de Itabirito. Inclusive, fazer negócios entre as próprias empresas. Então a ideia da Semana Desenvolvimento, uma é essa de mostrar, abrir oportunidades de negócio entre as empresas. O outro também, que desde o início a gente apostou muito é na qualificação da mão de obra. Então vocês podem caminhando aqui pela Feira vocês vão ver, por exemplo, a carreta do Senac, está acontecendo também uma oficina lá no fundo com o pessoal da Emater. A gente sempre aproveitou durante o período da Semana para estar ministrando oficinas para empresários, por exemplo para na área de gestão, de marketing, novos negócios, recursos humanos, finanças e também capacitando mão de obra para aquela pessoa, que de repente está com um pequeno recurso e quer montar um novo negócio. Então, para que ele comece já da forma correta, aí tem vários cursos também do Sebrae, como iniciar um negócio e tudo mais. Então, a Semana tem esse foco. Não só mostrar produtos e serviços, mas também, preparar a mão de obra, para estar criando novos negócios, e aqueles que já tem algum tipo de empreendimento para poder haver uma longevidade, do próprio negócio.
Na sua opinião, qual o segredo da Semana de Desenvolvimento Econômico de Itabirito ter se tornado uma tradição na cidade?
Antônio: Eu acho que principalmente por causa disso, porque a gente não só mostra as empresas, mas na verdade, a gente está dando oportunidade a população de se qualificar, de também vir a empreender. E, uma preocupação que a gente sempre teve também, mesmo estando no interior, de fazer uma coisa bem feita. Você pode ver quem viaja por aí e já visitou outras feiras. A Semana de Desenvolvimento e a feira propriamente, não fica nada a dever qualquer outra feira que vocês já tenham visitado, mesmo em Belo Horizonte. Então, a gente esmera muito no sentido de ter qualidade, de ter conforto, você vê o espaço aqui, um espaço maravilhoso, as montadoras são as melhores montadoras que a gente consegue trazer para cá. Então assim, é fazer uma coisa com carinho, apostando realmente na visitação. Para vocês terem uma ideia, só ontem segundo o Alvinho que é o secretário de agricultura só numa dessas portarias aqui tivemos 2000 pessoas, que quando você entra seu crachá é escaneado, só em uma dessas portaria ontem, teve mais de 2000 pessoas visitando no primeiro dia, que é um dia normalmente mais fraco aqui. Os números que nós temos, ao longo desses quatorze anos de Semana do Desenvolvimento, é a gente chegou a ter 8000, 10000 pessoas em uma feira. Então, é um evento mais que consolidado. E os parceiros também, a gente tem aqui só instituições de renome: Senac, Sesi, Sebrae, que são instituições sérias que trabalham conosco. Mesmo as instituições de Itabirito, Sincovita, CDL, Fecomércio. Acho que tudo isso dá credibilidade, que a gente está fazendo um negócio realmente, em prol do desenvolvimento, da geração de emprego e renda na cidade.
Como foi escolhido o tema deste ano que é (Desenvolvimento Econômico e agricultura: diversificar com sustentabilidade)?
Antônio: Todos os anos quando se aproxima a Semana, fazemos uma reunião interna e buscamos exatamente um tema, que retrate o que a gente está querendo mostrar na Semana de Desenvolvimento. Este ano como o Alvinho está trazendo a primeira feira da produção rural, para dentro da Semana de Desenvolvimento Econômico, tinha que ser um nome, um tema que abarque não só a parte de indústria, comércio e serviço, mas a parte de produção rural. Então foi pensando nisso, que nós acabamos chegando a esse nome. Todas as nossas ações aqui, visam efetivamente a sustentabilidade do município e dos negócios também.
O que o público e também os expositores podem esperar deste ano da Semana de Desenvolvimento Econômico?
Álvaro: Esse casamento que a gente fala, desenvolvimento econômico e agricultura, estamos sentindo que foi uma casamento perfeito. A oportunidade do produtor rural, da gente mostrar mesmo sendo mineração, que é a nossa identidade maior aqui, nós convivemos com uma agricultura familiar que já está produzindo para as escolas, a merenda escolar. Nós já ultrapassamos até a nossa meta do ano passado, no meio do ano, nós já ultrapassamos 2017. Então, tudo o que está sendo mostrado aqui, isso aqui é uma divulgação de forma geral. Os produtores estão assim satisfeitíssimos, porque além de estar expondo o produto dele, eles estão vendendo. E esse intercâmbio, porque a produção rural lá e aqui o desenvolvimento econômico, então esse relacionamento está sendo maravilhoso aqui, a gente está sentindo isso. E estamos vendo que, ano que vem nós vamos estar não com 130 stands, isso aqui nós vamos superar ano que vem.
Como surgiu a ideia de fazer a primeira feira de produção rural, que é uma novidade este ano da Semana de Desenvolvimento?
Álvaro: Para a gente poder divulgar exatamente o trabalho da produção rural de Itabirito, que já vem acontecendo e chegou a hora de fazer essa feira. Só que o Antônio assumindo a Secretaria de Desenvolvimento, ele foi o primeiro que teve essa ideia, todos batemos palma. De juntar os dois, desenvolvimento com agricultura. E o resultado, graças a Deus, a gente já está sentindo, que está sendo muito positivo.
Como foram escolhidos os cursos e as palestras, da Semana de Desenvolvimento?
Antônio: Esses cursos normalmente, ao longo dessa semana há uma equipe de pesquisadores que visitam os stands e conversam com os visitantes também e começa a levantar: o que achou, o que pode ser aprimorado, os cursos que estão sendo ministrados se agradam ou não. Então, é feito uma pesquisa qualitativa, não só quantitativa em relação ao número de pessoas que visitam, mas também de quais são as demandas. E a gente “linca” isso também, como por exemplo, nós temos o serviço nacional de emprego no posto em Itabirito, a gente verifica o que as empresas estão demandando de mão de obra, qual o tipo de qualificação. E a gente busca trazer para cá, exatamente essa carência de cursos que a população está demandando, que as empresas estão demandando. Na medida que vamos tendo contato diário com essas empresas, a gente percebe essas necessidades e busca suprir essas lacunas.
Qual é a importância da Semana de Desenvolvimento Econômico de Itabirito, para a economia da cidade?
Antônio: Parece que não, às vezes as pessoas não mensuram, mas estou falando de um número de visitantes da ordem de 8000 pessoas, agora essas 8000 pessoas por exemplo, não são só pessoas só de Itabirito. Hoje, a gente pode dizer que pelo menos uns 20 a 30% dessas pessoas, são de fora. Estão vindo para cá, várias delas. Vão estar utilizando hotéis, pousadas, alimentação, movimenta por exemplo, a economia de táxi, enfim, tem uma série de segmentos que acabam sendo beneficiados. Os próprios expositores, por exemplo, a empresa de montagem, a gente procura privilegiar na medida do possível, que sejam empresas de Itabirito. Ou seja, a própria estrutura da feira, que está orçando por exemplo, em torno de uns 300 mil reais (só a realização, com ela vazia). Esse dinheiro está distribuído para uma série de segmentos, desde o profissional que vem fazer a parte elétrica da feira, a empresa de montagem, o pessoal de limpeza, enfim, tem uma série de segmentos envolvidos. Fora os visitantes das empresas que vêm para cá, e fora o fato também que várias empresas que estão aqui, na medida que elas se expõe, elas conseguem fazer negócio para fora também, começa a ultrapassar o limite de Itabirito, no sentido de clientela. Então é muito importante.