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Gerente executivo da Adesita fala sobre pesquisa da Bação Logística, desemprego e projetos sociais

Em entrevista ao Sou Notícia, Denis José Donato da Mota comentou sobre os trabalhos realizados pela agência.

Na segunda quinzena de setembro, a Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Itabirito (Adesita) divulgou uma pesquisa revelando a aprovação de 72% da população de São Gonçalo do Bação, em relação ao Terminal de Carga e Descarga de minério na região, de responsabilidade da empresa Bação Logística S/A.  De acordo com a pesquisa, 18% dos moradores são contrários à instalação do terminal e outros 10% não opinaram.

Pessoas vieram a público, após a veiculação do diagnóstico realizado pela agência, para criticar os resultados do levantamento. Tendo em vista os desdobramentos da pesquisa, o Sou Notícia conversou com o gerente executivo da Adesita, Denis José Donato da Mota. Entre outras questões, Denis falou sobre o método aplicado para realização da pesquisa contratada pela Bação Logística S/A e explicou o posicionamento da Adesita sobre o Terminal de Minério.

“Esse é um processo que está sendo discutido. Se é um pátio ou terminal. Isso não é de competência da Adesita. Não temos competência técnica para dizer sobre esse assunto. Existem os órgãos responsáveis, do ponto de vista municipal e na esfera estadual, que estão discutindo e trabalhando sobre isso neste exato momento. O que a agência fez é um trabalho que ela já vem fazendo em outras frentes, é de fato entender não só a questão da aprovação ou não. E é importante dizer que 18% da população no nosso diagnóstico falaram que não são favoráveis”, afirmou Denis.

“Então, os órgãos competentes e até mesmo a agência e a comunidade local precisam discutir sobre esse caso do empreendimento que será instalado, junto com seus responsáveis. Por que tem 18% (contrários)? 18% é um percentual significativo. A Adesita está preocupada sim com esses 18% que estão alegando que não são favoráveis. Estamos atentos a isso, sempre buscando o que é de melhor para nossa comunidade”, enfatizou o gerente executivo da Adesita.

Denis explicou a metodologia usada para o diagnóstico que comprovou a aprovação dos moradores de São Gonçalo do Bação ao empreendimento da Bação Logística S/A. “Foi um diagnóstico realizado na comunidade e 241 questionários foram aplicados e tabulados. É importante dizer que a Adesita tem como princípio valores transparentes. A proposta do diagnóstico é um projeto que o próprio empreendedor contratou. Ele quer dizer o seguinte: ‘Eu estou preocupado. Não esperava essa recepção porque estamos levando alguns benefícios, na visão do empreendedor, para a comunidade, e agora existe um conflito nessa comunidade e, por isso, estou preocupado e queria entender mais.’ Então o foco da pesquisa não foi só se a comunidade é favorável ou não ao empreendimento. Existem várias outras perguntas que foram feitas, identificando as dificuldades e necessidades dos moradores”, acrescentou.

“A Adesita não é favorável a questão. Ela é favorável ao crescimento e ao município. Se for, naquele exato momento, identificado que o empreendimento irá prejudicar nossa comunidade, que de fato não tem um processo legal, nós estamos do lado da comunidade. A Adesita está do lado do desenvolvimento e da população”, comentou. “Foi um processo contratado pela Bação Logística para que a agência fizesse esse diagnóstico, assim como a Vale contrata e várias outras empresas contratam. O que está em jogo é a credibilidade no trabalho de 15 anos e seus respectivos profissionais“, ressaltou o gerente executivo.

“Esse é um projeto contratado pela empresa. Então a Adesita produziu esse diagnóstico para a empresa. Esse produto é da empresa; ela pagou esse diagnóstico. Eu não tenho como apresentar. Se a empresa Bação Logística e seus gestores entenderem que sim, então cabe a eles apresentar. O que a Adesita discute neste momento é a forma como isso foi feito. Nós trabalhamos como uma margem de erro; existe uma metodologia. Foram 241 questionários aplicados. Então nós estamos prontos para discutir e apresentar não apenas esse mas vários outros projetos realizados pela Adesita”, finalizou Denis sobre o assunto.

O gerente executivo comentou também sobre os 15 anos da Adesita, enfatizando o trabalho da agência e as premiações recebidas ao longo do tempo. Denis ainda explicou quem são os clientes da Adesita, como a agência conseguiu R$ 149 mil para capacitação de dependentes químicos e a ideia de criar o projeto Escolas Sustentáveis.

O desemprego em Itabirito, revelado por uma pesquisa divulgada pela Fecomércio/MG, apontando que houve uma queda de 50,9% nos postos de trabalho no primeiro semestre de 2018, em comparação com o mesmo período do ano passado, também foi discutido durante a entrevista.

Confira a entrevista exclusiva que o Sou Notícia fez com o gerente executivo da Adesita, Denis José Donato da Mota:

2 Comentários

  1. Perguntas pertinentes, que ainda encontram-se sem resposta:
    1- São Gonçalo possui quantos moradores, para terem entrevistado apenas 241 pessoas?
    2- Esses formulários possem identificadores (dados pessoais, páginas numeradas, endereço) que comprovem que realmente as pessoas responderam as perguntas, ao invés de apenas terem sido preenchidos ao acaso? Afinal, é isso que dá credibilidade à pesquisa.
    3- Quem foram os entrevistadores? Funcionários da Bação Logística ou da Adesita?
    4- Existe um grupo de moradores e sitiantes composto por 71 pessoas contrárias e nenhuma dessas pessoas foram entrevistadas. Por quê?

  2. O TERMINAL FERROVIÁRIO DE CARGA DE MINÉRIOS EM SÃO GONÇALO DO BAÇÃO QUE VISA ATENDER PRINCIPALMENTE A VALE S/A. A tal de Bação Logística é simplesmente um TESTA DE FERRO!!! Segundo a nova DN 217/2018 que regulamenta o Licenciamento Ambiental de qualquer empreendimento, um Terminal de Carga de Minérios é enquadrado na Classe: E-01-14-7. Neste caso os Potenciais Poluidores/Degradadores são os seguintes: AR = GRANDE; ÁGUA = GRANDE; SOLO = GRANDE; GERAL = GRANDE. Portanto um empreendimento com estas características de Potencial Poluidor Degradador se enquadraria no mínimo nas Classes mais altas onde os Critérios Locacionais são extremamente rígidos. Como é que a Secretaria de Meio Ambiente de Itabirito classificou como CLASSE 0? Alguém deve procurar A SUPRAM CENTRAL MINAS EM BH e saber dos critérios adotados, assim como as medidas mitigadoras impostas pelo Órgão ao conceder este Licenciamento Ambiental ao empreendedor. SE NÃO OBTIVEREM AS DEVIDAS EXPLICAÇÕES A FEAM DEVE SER ACIONADA. Um dos Critérios, com certeza, é uma Audiência Pública com os moradores da região. Isto foi feito? Se não foi feito este Licenciamento é uma FRAUDE e pode ser anulado pelo Ministério Público do Meio Ambiente! A OPINIÃO DA ADESITA NÃO VALE NADA NUM PROCESSO DE LICENCIAMENTO E É ATÉ MESMO SUSPEITA!!! ACORDA MEU POVO!

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