Dia Nacional da Vacinação alerta para importância da imunização no País
Disseminação de boatos e notícias falsas prejudicam campanhas. Programa nacional oferece 19 vacinas de forma gratuita à população
Comemorado em todo 17 de outubro, o Dia Nacional da Vacinação tem como principal objetivo conscientizar para a relevância de tomar as vacinas em todas as fases da vida. Para evitar justamente que doenças como o sarampo, antes erradicada no País, voltem a ser registradas por falta de imunização.
A disseminação de boatos e notícias falsas acabam influenciando negativamente nas campanhas de vacinação por todo o Brasil. Conhecidas como fake news, muitas vezes questionam a eficácia das vacinas, sugerindo que muitas podem causar doenças. Eventuais reações, como febre e dor local, podem ocorrer após a aplicação de uma vacina, mas os benefícios da imunização são muito maiores que os riscos das reações temporárias.
Atualmente, 96% das vacinas aplicadas no País são produzidas no Brasil, em processo totalmente seguro e certificado. Os outros 4% vêm do exterior. Elas são distribuídas gratuitamente para toda a população pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. Em 45 anos de existência, o PNI se destaca por ser um dos melhores programas de imunização do mundo por ter facilitado o acesso da população às vacinas.
Quem deve se vacinar
Além das crianças, que já contam com um calendário de vacinas regulares, os idosos precisam se proteger contra gripe, pneumonia e tétano. Profissionais de saúde, pessoas que viajam muito e grupos com características específicas também têm recomendações para tomarem determinadas vacinas.
Mulheres de 12 a 49 anos que não receberam a tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) na infância devem procurar um posto de saúde, antes da gestação, para evitar a transmissão da rubéola para o bebê. As mulheres grávidas também fazem parte do público-alvo da vacina contra a gripe.
Perdeu o prazo?
Pais que perderem o prazo devem levar suas crianças para os postos de vacinação para atualização da caderneta.
Sarampo e poliomielite
Além do calendário regular dos recém-nascidos, crianças de 1 a menores de 5 anos de idade devem se vacinar sempre que houver campanhas. Essas são as chamadas doses de reforço, que serão administradas de forma oral, para a paralisia infantil; e tríplice viral, para o sarampo.
H1N1 e HPV
Nos últimos anos, o governo tem realizado campanhas para incentivar a vacina contra o HPV, que tem como público-alvo meninos de 11 a 14 anos e meninas de 9 a 14 anos. A vacina não depende de campanha e pode ser tomada a qualquer tempo, dentro da faixa etária, nos postos de vacina.
No Brasil, a única vacina que é oferecida apenas nas campanhas é contra a influenza, a gripe H1N1. Em outros casos, o público-alvo pode receber em qualquer época do ano.
Por que vacinar?
Os agentes infecciosos que causam as doenças continuam em circulação em algumas partes do mundo e podem infectar qualquer pessoa desprotegida. A vacina é a única forma de controlar e eliminar doenças.
Efeitos colaterais
As reações costumam ser limitadas a febres e dor muscular no local de aplicação – casos mais graves são raros. O benefício de se proteger de qualquer doença é muito maior do que o risco de efeitos colaterais.
Estrangeiros no Brasil
Nas unidades públicas de saúde em que ocorre vacinação contra a febre amarela, a vacina pode ser tomada por qualquer pessoa, independentemente da nacionalidade.
Que documentos levo?
Para o atendimento, é necessário apresentar o cartão ou caderneta de vacinação. A regra vale para qualquer vacina, seja ela administrada em crianças, adolescentes, adultos ou idosos. No entanto, a ausência da caderneta não é motivo para deixar de se imunizar.
Saiba o que fazer se perder a caderneta de vacinação
Basta ir ao posto ou unidade de saúde onde já se vacinou. Lá, os profissionais vão resgatar as informações na ficha de registro, onde todas as vacinas aplicadas são anotadas.
Em caso de dúvida ou impossibilidade de obter essas informações nas unidades de saúde, o cidadão pode buscar o Ministério da Saúde. A pasta é responsável pelo Programa Nacional de Imunização, por meio do qual é feita a avaliação e encaminhamento dos questionamentos das atividades de vacinação das unidades de saúde. As informações são do Governo do Brasil, do Ministério da Saúde e Fiocruz.