Brasil vai reduzir 144 mil toneladas de açúcar em alimentos e bebidas
Termo de compromisso assinado envolve empresas responsáveis por 87% da produção nacional.
Termo de compromisso assinado nesta segunda-feira (26) entre o governo federal e entidades representativas da indústria brasileira de alimentos e bebidas prevê a redução voluntária, até 2022, de 144,6 mil toneladas de açúcar nos produtos fabricados no Brasil.
Com este acordo, o Brasil torna-se um dos primeiros países do mundo a buscar essa diminuição. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), a redução voluntária será feita em 23 categorias de produtos em cinco grupos: bebidas adoçadas, biscoitos, bolos prontos e misturas para bolo, achocolatados em pó e produtos lácteos.
Além da Abia, participaram da assinatura do termo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (Abir), a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados a (Abimapi) e a Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos). Ao todo, fazem parte do acordo 68 indústrias, que representam 87% do mercado de alimentos e bebidas do País.
Sal e gordura
Esta não é a primeira vez que governo e indústria se unem com o intuito de tornar alimentos industrializados mais saudáveis. Outro acordo, iniciado em 2011, previa a retirada de 28,5 mil toneladas de sal dos alimentos até 2020. Até 2017, a redução alcançou 17,2 mil toneladas. Antes, outro acordo em vigor entre 2008 e 2010 retirou 310 mil toneladas de gordura trans dos alimentos industrializados.
Na visão do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), William Dib, o acordo representa a capacidade de autorregulamentação da indústria. “Esse acordo é um grande exemplo, assim como o de redução do sódio. É um programa fundamental para a saúde da nossa população e um exemplo a ser seguido”. A Anvisa será responsável por monitorar a redução a cada dois anos.
A assinatura é “um passo importante na agenda da saudabilidade”, segundo o presidente da Abir, Alexandre Jobim. “É um acordo inédito no mundo, fruto do entendimento dos setores privado e público.” As informações são do Governo do Brasil e do Ministério da Saúde.