Na manhã desta terça-feira (29), cinco pessoas foram presas sob a suspeita de terem responsabilidade na tragédia da barragem 1 da Mina do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Dois engenheiros da empresa TÜV SÜD, sendo eles André Yassuda e Makoto Namba, prestavam serviço para a mineradora Vale e foram presos em São Paulo. Os outros três presos são Cesar Augusto Pauluni Grandchamp, Ricardo de Oliveira e Rodrigo Artur Gomes de Melo, funcionários da Vale em Minas Gerais.
O Ministério Público e a polícia investigam se há fraude nos documentos técnicos feitos pelas empresas contratadas pela Vale e que atestavam a segurança da barragem.
Rompimento da barragem
Na última sexta-feira (25), uma barragem de rejeitos de minério se rompeu em Brumadinho, por volta das 13h30. A lama atingiu a área administrativa da Vale, mineradora responsável pelo empreendimento, inclusive um refeitório e parte da comunidade da Vila Ferteco.
O presidente da empresa, Fábio Schvartsman, disse que vazaram 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Segundo a Vale, havia 427 empregados trabalhando no local na hora do rompimento.
Até a manhã desta terça-feira, o Corpo de Bombeiros confirmou que há 65 mortos e 31 corpos identificados. Entretanto, um corpo foi resgatado hoje e o número oficial de mortos deve aumentar no próximo boletim das autoridades responsáveis pela busca de vítimas.
Outras 279 pessoas estão desaparecidas. Há também 192 pessoas que foram resgatadas, além de 386 que foram localizadas. A Defesa Civil de MG afirmou que 135 pessoas estão desabrigadas após o desastre em Brumadinho.
