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Taxista fala sobre a situação do serviço de táxi em Itabirito

Desde 2016, quando foi feita uma licitação para regulamentar o serviço de táxi em Itabirito e todas as 79 vagas disponíveis, por determinação da Justiça, com base em uma ação proposta pelo Ministério Público, os taxistas da cidade vivem diversos dilemas.

Em entrevista ao Sou Notícia, o taxista Eduardo dos Reis Braga, 28 anos, que trabalha na área há 10 anos, falou sobre a atual situação dos táxis na cidade. “Nós criamos grupos de divisão, porque a classe dos taxistas em Itabirito é muito dividida, e essa divisão ocorreu quando nós lançamos o projeto do táxi rotativo e 54 taxistas, o que corresponde a maioria da classe, adentraram ao projeto, assinaram o abaixo-assinado, e a outra parcela dos taxistas não quis. Por isso, nos dividimos em dois grupos”, disse Eduardo, que também é engenheiro ambiental e sanitário, além de cursar pós-graduação em segurança do trabalho.

“Tivemos 72% de aprovação da classe e esse abaixo-assinado foi encaminhado para a Prefeitura de Itabirito, solicitando a implementação do sistema de táxi rotativo na cidade, para melhorar a questão dos horários, além da rotatividade no Centro. Porém, apesar de inicialmente ter sido aceito, de acordo com informações que nos passaram, o projeto foi negado por questões jurídicas, uma vez que isso não constava na licitação e, sendo assim, não poderiam alterar o documento. Então, propusemos que, ao invés de abrirem esses pontos que foram abertos dentro da cidade, que abrissem vagas dentre os pontos já existentes para que os taxistas fossem direcionados para esses locais. Isso evitaria, por exemplo, abertura de ponto em ambiente sem fluxo. A prefeitura alegou que foi feito um estudo de mercado na área, porém o que podemos ver é pontos de táxi sem taxistas e sem passageiros”, reforça o taxista.

“O taxista hoje tem ponto fixo em Itabirito e nós queríamos que o ponto fosse livre, permitindo que os taxistas parem em qualquer local que tenha ponto. Hoje, com o atual sistema de táxi, as pessoas beneficiadas foram os taxistas aposentados, que geralmente têm uma jornada de trabalho menor, até mesmo porque não são pessoas que dependem do serviço de táxi para sobreviver. Eles fazem como um serviço complementar. A ideia é colocar mais dinamismo no trabalho”, acrescenta Eduardo.

Confira a entrevista com o taxista Eduardo dos Reis Braga:

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