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No Brasil mais de 4 milhões de crianças e gestantes ainda não se vacinaram contra a gripe, diz levantamento

Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde mostrou que cerca de quatro milhões de crianças e gestantes ainda não tomaram vacina contra gripe este ano.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, desde 2011, vem caindo o número de crianças que tomam vacina. Especialistas alertam que o fato de algumas doenças terem sido eliminadas ou terem baixa ocorrência no país, como é o caso da poliomelite, pode dar a falsa sensação de que não é preciso mais tomar vacina.

“As pessoas não se vacinam, o vírus aproveita essa situação, de muitas gente que se torna suscetível de novo, volta a circular e volta provocando doenças graves em pessoas sem necessidade”, explica o infectologista Marcos Lago.

Sete das oito vacinas obrigatórias para crianças de até um ano estão com a cobertura abaixo da meta: sarampo, caxumba, rubéola e também pneumonia.

A hepatite A, por exemplo, tem um índice de 81% de crianças vacinadas. Em 2015, era de 97%. Apenas a BCG atingiu a meta em 2018. Cerca de 3 milhões e 700 mil crianças e mais de 500 mil gestantes ainda não se protegeram contra hepatite A.

Vacina é a forma mais eficaz de se proteger de doenças infecciosas.

 

“Vacinação é um ato individual, para nos proteger. Mas também é um ato coletivo. Se não tivermos coberturas vacinais de todos, doenças graves podem voltar e aí vem aumento de hospitalização e morte no país”.Esse é o recado da vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai.

A vacina é forma mais eficaz de prevenir doenças em todas as fases da vida. Elas defendem o organismo dos vírus e bactérias que provocam doenças e podem até levar o indivíduo à morte.

Quando a pessoa é vacinada, seu corpo detecta a substância e produz uma defesa, os anticorpos. São esses anticorpos que permanecem no organismo e evitam que a doença ocorra no futuro, isso nós chamamos de imunidade.

Ballalai lembra que a vacina foi um dos maiores presentes da medicina para humanidade. “A vacinação foi capaz de acabar com doenças que eram graves, que matavam muitas pessoas deixavam sequelas, coma varíola e pólio que foram eliminadas”, conta.

Hoje, o Brasil conta com mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas por todo território nacional, que aplicam por ano 300 mil imunobiológicos. O Sistema Único de Saúde oferta gratuitamente, dentro da rotina e previstas no Calendário Nacional de Vacinação, 19 vacinas.

Além disso, também são ofertadas 8 vacinas para situações específicas, fora da rotina, 13 soros e 4 imunoglobulinas, todos são indicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), feitos com materiais seguros e de qualidade.

O Brasil também tem avançado na produção de vacinas. Atualmente o país conta com técnicas modernas em sete laboratórios públicos que atendem a todo o processo de qualidade de produção exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Movimento Vacina Brasil

 

Apesar da ampla oferta, o país viu nos últimos anos uma queda nas coberturas de diferentes vacinas. Para alertar a população sobre a importância de manter a caderneta de vacinação em dia para prevenir várias doenças, o Ministério da Saúde lançou em abril deste ano o Movimento Vacina Brasil.

A ação é uma grande mobilização permanente que alerta sobre a importância da vacinação como medida mais eficaz de afastar de vez as doenças que já tinham sido eliminadas no país.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Carla Domingues, reforça os benefícios da vacina. “A medida que todos forem se vacinando e as pessoas entendendo a importância da vacinação, as doenças vão sendo eliminadas e até erradicadas”, ressalta.

É importante destacar que todas as vacinas são seguras e submetidas a testes rigorosos. A maioria das reações é geralmente pequena e temporária, como um braço dolorido ou uma febre ligeira.

Eventos graves de saúde são extremamente raros e cuidadosamente monitorados e investigados. É muito mais provável que uma pessoa adoeça gravemente por uma enfermidade evitável pela vacina do que pela própria vacina.

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