Novo áudio de padre Miguel vaza no WhatsApp e causa polêmica em Itabirito

Após a eleição suplementar para escolha de novos prefeito e vice em Itabirito ser adiada para o dia 1º de setembro, padre Miguel, pároco da Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, se envolveu em uma nova polêmica. O religioso resolveu dar sua opinião sobre o reagendamento da eleição extemporânea da cidade e acabou sendo alvo de retaliação.

A confusão começou quando padre Miguel gravou um áudio dizendo que o juiz do TRE tem obrigação moral de intimar a mineradora Vale para tirar todo o movimento da beira do rio que corta a cidade, o Rio Itabirito. “É dever do excelentíssimo senhor juiz do TRE. Peço a todos desse grupo que enderecem esse áudio para o presidente da Câmara e para toda a população de Itabirito. Ou então nós somos cúmplices de tudo isso que acontece se calarmos”, disse padre Miguel em um dos áudios que está circulando pelo WhatsApp dos itabiritenses.

“É um absurdo! Um desrespeito ao cidadão itabiritense o que fizeram. Adiar uma eleição por causa de rompimento de barragem. É mentira! A Vale manda e desmanda no estado de Minas Gerais. Manda e desmanda nos municípios. É uma vergonha! Lamentável”, acrescentou o religioso. “O presidente da Câmara tem obrigação moral de reunir todos os vereadores amanhã, em caráter extraordinário, e examinar essa situação. Vamos ver se ele fará jus aquilo que ele recebe de salário. Esperamos um firme posicionamento da 62ª Subseção da OAB. Isto fere a dignidade humana. Dr. Paulo: reúna seu conselho. Manifeste”, finalizou padre Miguel.

Os áudios despertaram a ira de um internauta que ainda não teve sua identidade revelada. O indivíduo gravou uma resposta ao padre em tom ofensivo. “Por que você está pondo esse diabo desse padre pra falar? Ele acha que tem propriedade de que? Você sabe que a cidade depende da mineração. A cidade tem muito declarado da mineração. Itabirito movimenta 80%. Que a Vale tem erro, tem sim. Mas que a Vale tenha a oportunidade de corrigir isso. Esse padre não quer dar o c* não? Esse padre tá querendo que eu coma o c* dele? Seu padre filho da p***”, disse o homem no WhatsApp.

“Santiago, por que você está colocando esse diabo desse padre pra falar aqui? Vai tomar no seu c* desse padre, rapaz. Esse padre acha que é muito bom? Se ele é muito bom, então me dá o b****. Santiago, você é um ‘viado’, hein? Como que você coloca um ‘viado’ desse pra falar? Achando que ele tem propriedade assim. Eu posso ser doido, mas louco eu não sou. Mas que eu quero comer o b**** desse padre, eu quero. Você não está vendo que a mineração já está cumprindo todas as determinações do Ministério Público? Inclusive pondo um monte de gente na rua, até mesmo sem motivos, mas é um cumprimento de determinação de colocar esse pessoal pra ficar esperando alguma coisa acontecer e nada vai acontecer, graças a Deus. A mineração está se responsabilizando por um erro que cometeu. Agora vem um filho de uma p*** de um diabo de um padre desse pra falar bonito? Ah, vai tomar no seu c*, Santiago. Pra que colocar esse diabo desse padre pra falar? Vai tomar no seu c* e no c* desse diabo desse padre que está falando aí. A cidade precisa de progresso e movimento”, completou o indivíduo, revoltado com a opinião do padre Miguel.

Agora, caberá à delegacia especializada em crimes cibernéticos apurar o caso e identificar quem é o homem que gravou os áudios em ataque ao pároco da Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem.

Vale ressaltar que a eleição suplementar, que aconteceria no próximo dia 7 de julho, foi adianta pela Corte Eleitoral mineira para o dia 1º de setembro, em função de uma documentação enviada à Justiça Eleitoral pela Defesa Civil do município, que apresentava considerações e indagações relativas a algumas medidas de segurança no dia da eleição, especialmente em função do risco de rompimento das barragens Forquilha I e III, da Vale.