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Antigo espaço da Fábrica de Tecidos será transformado em Centro Municipal de Eventos

A Finalização da Obra de Requalificação da Fábrica de Tecidos está em sua fase final. A Requalificação Urbanística irá transformar o local em um Centro Municipal de Eventos. A obra é uma realização da Prefeitura de Ouro Preto com o recurso vindo do Ministério do Turismo.

Com esse recurso estão sendo realizados diversas intervenções, como a construção de galpões voltados para workshops e shows, manutenção da rede elétrica, instalações hidrossanitárias, pintura, cobertura, projeto de incêndio, reforma do piso, entre outras reformas.

Segundo o prefeito Júlio Pimenta, “é bom relembrar que no início da nossa administração nós estivemos aqui visitando a Fábrica abandonada, e nós conseguimos resgatar o convênio com o Ministério do Turismo para revitalizar essa área. Já se vê os benefícios, já estamos com os galpões preparados e quando estiver pronto, poderemos desafogar os eventos no Centro Histórico e colocaremos um local seguro e de fácil acesso para a realização de eventos e shows na cidade. Isso também é geração de emprego e renda, a partir da reutilização do espaço que gerará esses benefícios”.

Entenda melhor a História da Fábrica

A então denominada Fábrica de Tecidos São José do Tombadouro, originada em 8 de fevereiro de 1887 quando seu proprietário, José Maria de Mello Freitas, solicitara à Câmara Municipal de Ouro Preto a concessão de “45 braças de terreno para implantação de uma fábrica de fiação e tecelagem de algodão” – possuía, então, uma eclética configuração arquitetônica, modificada no decorrer do tempo.

Já em 1889, a mesma fábrica – atravessando sua primeira crise financeira por intermédio de seus gestores – fora adquirida por um grupo de acionários do Banco do Brasil que ali instalaram a Companhia Industrial Ouropretana de Força, Luz e Telefones – assim permanecendo até 1892, momento em que transferiram a administração para o Bispo da Arquidiocese de Mariana, Dom Silvério.

Em 12 de dezembro de 1897 fora inaugurada Belo Horizonte, a nova capital mineira, e em consequência, Ouro Preto atenuara substancialmente o seu poderio em diversos setores, entrando em uma profunda crise econômica, o que refletiu-se no próprio encerramento das atividades fabris. O desolado cenário reverteu-se apenas no século seguinte quando o conjunto em destaque fora adquirido por Victorino Antônio Dias, alterando sua nomenclatura para Fábrica de Fiação e Tecidos Itacolomy, em homenagem ao lendário pico existente nas proximidades.

Acerca do período que se estende dos primeiros anos do novo século até meados da década de 1930, os registros de autoria do fotógrafo Luiz Fontana são, até onde se sabe, as únicas informações iconográficas do edifício que ali se instalara. Através de poucas fotografias vê-se o conjunto arquitetônico com eclética tipologia, típica do começo do século, implantada linearmente e debruçada sobre arrimos de pedras e colunas de ferro, nas proximidades da Cachoeira do Tombadouro.

A partir da década de 1940 a Fábrica de Tecidos atravessou um turbulento período tendo várias diretorias até ascender o ano de 1947 com a gerência assumida por Theódulo Pereira, diamantinense de vigor empresarial que juntamente com o grupo diretor da fábrica articulou uma radical mudança física do conjunto: a demolição dos edifícios remanescentes do século 19 e a construção de uma sede moderna; conquistando já na década de 1960 a configuração arquitetônica que se estendeu até as bordas do século 21, quando fora adquirida em 1980 pela Companhia Industrial Itaunense até a oficial falência, em 29 de dezembro de 1999.

Por que a Fábrica ficou tanto tempo parada?

O contrato para revitalização da antiga Fábrica de Tecidos foi assinado em 2006 e, por falta de fiscalização e funcionalidade de obras, uma parte do que foi realizado ali foi depredado nos anos seguintes. Após assumir a gestão municipal, em 2017, o prefeito Júlio Pimenta solicitou uma vistoria técnica ao local para que se avaliasse a possibilidade de retomada do convênio. A vistoria verificou a necessidade da finalização da Obra de Requalificação da Fábrica de Tecidos de Ouro Preto, e, assim, a administração pública mobilizou diversas secretarias para colocar toda a papelada em dia e poder retomar o convênio e as obras, as quais agora estão em fase final, transformando, em breve, em um local para convivência da população ouro-pretana.

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