
Representantes do conjunto habitacional Morada Viva, de Itabirito (Região Central de Minas), fizeram manifestação pacífica na Câmara itabiritense, nesta segunda-feira (15), durante reunião ordinária dos vereadores. Cerca de 70% das cadeiras da galeria foram ocupadas. A intenção foi conseguir o apoio dos edis para questões do condomínio. O Morada Viva foi custeado com dinheiro público (municipal e federal) e é habitado por famílias carentes.
O que eles reivindicam: 1- Que cada hidrômetro do conjunto habitacional não atenda a 16 famílias (como acontece atualmente). Segundo os moradores, há apartamentos com dois indivíduos, e outros com 11. “Quando uma família deixa de pagar a conta, a água é cortada”, disse Elierte Verb Alves Cupertino (34), um dos representantes do Morada Viva.
2- Que sejam solucionados problemas estruturais (há trintas e infiltrações).
3- Que haja solução para instalações elétricas que estão dando curto-circuito com frequência. “Uma situação que tem a ver com a luz é que quando muitos estão tomando banho, a chave do bloco cai e a ‘luz acaba’”, disse Alexandra de Carvalho (34), outra moradora do conjunto.
Outro lado
O secretário de Urbanismo da Prefeitura de Itabirito, Marco Aurélio, esteve na reunião (do dia 15) como espectador. Ele ouviu a todos os discursos dos vereadores que se mostraram unanimemente solidários às reivindicações.
Cerca de 10 dias antes da reunião da Câmara, os moradores estiveram conversando a respeito das reivindicações com o prefeito interino de Itabirito, Arnaldo Pereira dos Santos (MDB), no gabinete da Prefeitura.
“Foi feita vistoria no local pela Defesa Civil. As providências estão sendo tomadas. A empresa paga para fazer a obra já foi acionada. Ela tem de fazer as melhorias no projeto arquitetônico e completar (hidráulico e elétrico)”, disse o secretário.
Segundo ele, não existe prazo de garantia em obras de engenharia. “Portanto, a empresa em questão precisa tomar rápidas providências independentemente do tempo que ela entregou os prédios prontos”, disse o secretário.