Geral

Suposto assassino de Adriana Pascoal é preso em Mariana-MG

Adriana Aparecida Pascoal assassinada na madrugada do dia 09 de junho de 2019. O Suspeito de sua morte foi preso, na última quarta-feira (28/08), em Mariana (MG). O crime aconteceu em uma passarela localizada na Rodovia do Contorno, no Bairro São Cristóvão, ao voltar de uma festa junina, Adriana tinha 43 anos e foi empurrada.

O suspeito é um homem de 35 anos. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, o assassino já possui duas condenações por tentativa de homicídio, e uma por tráfico de drogas. Além disso, possui também três indiciamentos por posse de arma de fogo.

Adriana participou de uma festa junina no dia 08 de julho, onde permaneceu até o final do evento, por volta das 23h40min.

No dia seguinte, a família percebeu que Adriana não havia dormido em casa e houve tentativas de ligação para seu telefone. Porém, seu corpo foi localizado três dias depois, cerca de 100 metros da sua casa.

Foram quase três meses de investigação ininterrupta, onde foram ouvidas diversas testemunhas e pessoas que tiveram contato pessoal ou profissional com Adriana. Ainda durante a investigação, foram coletadas diversas imagens de câmeras próximas ao local do evento, horas de gravações foram analisadas. Até o momento em que no circuito de câmeras da Guarda Municipal foi possível definir hora e trajeto percorrido por Adriana, e, a partir dali passou-se a ter a informação de um homem acompanhando a vítima até a passarela onde ocorreu o crime.

Nas demais câmeras foi traçado o caminho percorrido por Adriana, que sai acompanhada por volta as 00h55 do estacionamento da Arena Mariana, passa em frente à uma padaria próxima, em frente a um colégio particular que existe no trajeto feito por Adriana, sobe em direção ao clube de lazer existente ali e caminha para rotatória que leva à passarela onde ela foi atirada pelo autor.

Identificação do autor

“Tínhamos toda dinâmica do crime, mas faltava a identificação do autor. Com as imagens, cerca de 3000, além de vários vídeos da organização do evento, foram procurados indivíduos com as características físicas e roupas identificadas nas outras gravações. Então, depois de conferir imagens de cerca de 1700 pessoas (dados obtidos com a organização do evento), nossa equipe distinguiu o autor no meio dos shows e em determinada fotografia em que é possível constatar que ele estava logo atrás de Adriana”.

Com a fotografia do suspeito em mãos, os investigadores passaram a divulgar entre as testemunhas já inquiridas, e de imediato obtiveram a identificação do suspeito: “indivíduo de extensa ficha criminal, porém, não conhecido pelos Investigadores por ter praticado seus ilícitos na Comarca de João Monlevade”.

O suspeito é irmão e cunhado de moradores antigos do bairro São Cristóvão e que moravam próximos a casa da vítima. Ele prestava serviços na região e morava em uma casa cerca de 150 metros da residência da vítima.

Primeiro contato com o suspeito

A Polícia Civil de Mariana informou ainda que em um primeiro contato com o autor este negou sua participação no crime e se limitou a dizer que havia ido ao show, permanecido lá sozinho e também voltado para sua casa sozinho.

“Ele nos disse que apenas cumprimentou um conhecido e viu Adriana tirando selfies. A companheira do suspeito também foi convidada para prestar suas declarações e primeiramente em nada acrescentou. Devido à notória tentativa de esconder informações foram pedidas ao suspeito e apresentados de espontânea vontade as vestes que utilizava no dia dos shows”.

Foram apreendidas uma blusa marrom de lã e gola alta, uma calça jeans e um sapato, estes dois últimos com suspeita de não serem realmente as vestes que utilizara, porém, quanto à blusa, segundo a polícia, não houve dúvidas.

Testemunhas informaram que o autor havia na verdade abordado Adriana e até mesmo comprado cerveja para ela no evento. Além disso, à certa testemunha, o autor teria dito que naquele dia “possuiria uma mulher a todo custo”, demonstrando a objetificação e menosprezo pelo gênero, caracterizando o feminicídio.

Frieza

O suspeito foi ouvido sempre acompanhado de seus procuradores, outras duas vezes sempre negando o crime, mas demonstrando seu perfil.

“Nos interrogatórios, nunca olhava nos olhos de seu entrevistador, sempre mantinha uma posição rígida, com braços cruzados, com resposta curtas e falas limitadas, demostrando sempre estar arquitetando suas respostas, todavia, nada nos contava”.

Mostradas as imagens aos suspeitos, este negou ser ele, indo na contramão de seu cunhado, sua companheira e vários moradores que o conheciam.

Sobe a motivação do crime, a Polícia Civil afirma “a tentativa frustrada de ter relação sexual com Adriana e seu arremessamento de cima da passarela ocorreu em um ataque de fúria”.

Confissão

De acordo com a Polícia Civil de Mariana, o suspeito foi preso em flagrante no dia 28 de agosto, após ameaçar de morte sua companheira e depois lhe confessar ter jogado Adriana Aparecida Pascoal, de cima da passarela.

Semanas após o crime, “o suspeito chegou ao cúmulo de prestar serviços na residência da vítima, à sua irmã, demonstrando seu desdém e sua ‘quase’ certeza da impunidade”.

O caso segue sob o comando da delegada Ana Carolina Ferreira de Freitas, apoiada pelos investigadores Eduardo Andrade Tostes, Welington Ferrarez Machado, Francisco Cesar de oliveira, Rodrigo Roberto Martins, Vanderlei Aparecido Arruda, Helder Pereira Jaques e pela escrivã Edna Trindade Teotônio.

Fonte: Jornal Voz Ativa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
×