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Trincas em barragem da Vale ameaça 93 pessoas em Minas

Após o rompimento da Barragem B1 na Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, foram revelados documentos que confirmam trincas (minando água) em outra barragem da empresa.

A barragem B5, como é conhecida na região mineira, está situada na mina da Mutuca, em Nova Lima, com semelhança parecida com a que rompeu em Brumadinho, ela tem 11 mi de metros cúbicos de rejeitos. Segundo informações, caso haja rompimento, a lama atingiria o distrito de São Sebastião das Água Claras (conhecido como Macacos). Ao todo, 93 pessoas que moram abaixo da barragem, na chamada zona de autosalvamento, serão atigindas caso haja um rompimento.

 

No último mês de outubro (30), em uma reunião com o Ministério Público (MP), a mineradora recusou – se a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta para que uma auditoria externa fosse feita na estrutura.

“não vêm apresentando evolução nem comprometem a segurança da estrutura” disse a mineradora. O argumento, no entanto, não convenceu os promotores, que propuseram a contratação de uma auditoria externa independente para avaliar o caso.

Conforme a ata da reunião, a mineradora recusou o acordo porque três empresas garantiram a segurança da barragem B5 nos último ano: a Tractbel, TEC3 e DF+. A última teria dado aval em agosto de 2019, ou seja, dois meses antes. O MP ainda pode propor uma ação judicial, o que ainda não ocorreu mesmo 40 dias depois da admissão dos problemas na estrutura.

Prefeitura de Nova lima desconhece problema

Em nota, a Prefeitura informou que ” notificará a Vale para saber a real situação dessa estrutura” pois “desconhece a situação”. A administração municipal explica que a Defesa Civil está levantando informações sobre a população que vive em áreas abaixo da barragem B5.

Mineradora confirma

A Vale confirmou à RecordTV Minas que a barragem B5 apresenta trincas e surgências, mas que a estrutura é monitorada regularmente e que não apresenta indicadores que comprometam a estabilidade. Segundo a mineradora, a B5 é alteada para jusante e possui fator de segurança adequado, conforme Relatório de Inspeção de Segurança Regular elaborado por empresa independente em agosto de 2019.

A nota ainda aponta que “as trincas observadas na estrutura são provenientes de uma camada superficial compactada lançada sobre o talude de jusante. Já a origem das surgências está sendo investigada. Essas anomalias foram comunicadas à ANM e consideradas pela auditoria regular. As recomendações da auditoria vêm sendo atendidas.”

A Vale destaca que as trincas não apresentam evolução e que não há risco iminente de ruptura.


*Com Informações da Rede Record TV Minas*

 

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