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Vale lança projeto piloto de recuperação ambiental de área impactada

A Vale está lançando o projeto piloto de recuperação ambiental de área impactada pelo rompimento da barragem 1 (B1), na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). Denominado Marco Zero, o programa consiste na reconstituição das condições originais do ribeirão Ferro-Carvão e na revegetação com plantas nativas da região das matas ciliares, além da recuperação do rio Paraopeba.

Reprodução Vale

O Marco Zero é um projeto piloto que será avaliado, ajustado e, uma vez comprovada sua eficiência, poderá ser replicado caso a caso em outras áreas impactadas. Até agora, o programa demonstrou eficiência diante das chuvas registradas na região. A previsão de conclusão do projeto piloto é até fevereiro deste ano. Os investimentos no programa estão dentro dos recursos que estão sendo aplicados nas obras emergenciais de contenção em Brumadinho, que devem chegar a R$ 1,8 bilhão até 2023.

O primeiro desafio do projeto foi restituir o traçado do ribeirão anterior ao rompimento. A Vale retirou 130 mil m³ de rejeitos no trecho e, com base em levantamentos topográficos e consultas aos históricos do Google Earth, o curso original do ribeirão foi demarcado. Utilizando a tecnologia Green Wall, um sistema patenteado para a recuperação de cursos d’água e matas ciliares, a Vale refez o canal do ribeirão, com rochas ao fundo e paredes de biomantas revegetadas. Após a reconstrução do canal, a área do entorno, ou seja, o vale do ribeirão Ferro-Carvão, foi reaterrada, recuperando sua topografia original.

Revegetação

O processo de revegetação da área compreendida pelo Marco Zero será executado em três fases. A primeira etapa começou após a reconstrução do canal do leito do ribeirão Ferro-Carvão. Na segunda fase, será plantada uma vegetação de médio porte, que irá propiciar condições favoráveis para a execução da terceira e última etapa, que é o plantio de espécies nativas da região. As espécies nativas a serem utilizadas estão sendo definidas, bem como a origem delas. Também estão sendo feitos estudos para quantificar o número e espaçamento de mudas, com base na composição original da região.

A Vale reforça que realizou o inventário florestal da área, onde cada indivíduo (planta) foi cadastrado, catalogado e etiquetado e que, em conjunto com o Instituto Estadual de Florestas (IEF), também executou uma avaliação criteriosa das espécies atingidas.

Importante destacar que todo o processo de revegetação leva tempo e sofre influência direta de fatores externos, como o clima e o próprio ciclo natural de crescimento e desenvolvimento das plantas e do bioma.

Reprodução Vale

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