UFMG recruta voluntários para novo estudo para tratamento da COVID-19
Vinte voluntários serão recrutados para o estudo; a pesquisa prevê reduzir a necessidade de internação por COVID-19 e evolução para casos graves
A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) inicia um novo estudo para o tratamento da COVID-19. Os pesquisadores irão selecionar um grupo de 20 voluntários, que serão acompanhados por 72 semanas.
A pesquisa prevê desenvolver um tratamento promissor que previne a progressão da doença para quadros graves e a necessidade de tratamento hospitalar. Segundo a universidade, o avanço é significativo principalmente para pessoas com comorbidades que têm risco aumentado de evoluir para para formas graves da COVID-19.
O estudo internacional Accelerating COVID-19 Therapeutic Interventions and Vaccines (ACTIV-2) é uma plataforma de tratamento para pacientes ambulatoriais com a doença, coordenada pela National Institutes of Health (NIH), e que utiliza anticorpos derivados de pessoas que tiveram a infecção pelo novo coronavírus.
Além da universidade mineira, a pesquisa envolve múltiplos centros nos EUA, Argentina, Peru, África do Sul e outras regiões do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Serão incluídos 700 participantes no total, sendo que 450 já estão em acompanhamento.
Como participar da pesquisa:
Os voluntários devem ter idade acima de 18 anos e terem sofrido infecção pela COVID-19 nos últimos 10 dias, sem indicação de hospitalização e saturação de oxigênio acima de 92%.
Os selecionados serão acompanhados por 72 semanas, por meio de visitas remotas, em chamadas telefônicas e entrevistas com vídeo com os pesquisadores. As visitas presenciais ocorrerão em fases específicas da pesquisa.
Após a seleção, os voluntários passam por alguns exames para verificar coração, pulmões e saúde geral. Além disso, um termo de consentimento livre e esclarecido deverá ser assinado.