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Bolsonaro promete provar que as urnas não são seguras

Presidente da República convoca a população para sua live semanal, em que promete apresentar provas de que o atual sistema eleitoral é falho

O presidente Jair Bolsonaro convocou a população brasileira para assistir hoje à noite, em sua live de toda quinta-feira, uma “bomba” que vai falhas nas urnas eletrônicas. Ele declarou
“O povo vai reagir em 22 se não tivermos eleições democráticas. Todos nós queremos eleições. Peço que amanhã, quinta-feira, às 19h, o pessoal assista porque a gente vai demonstrar todas as inconsistências de 2014, 2018… São coisas fantásticas ali para mostrar”, declarou a apoiadores no Palácio da Alvorada. Ele voltou a dizer que “o povo vai reagir” caso a proposta de voto impresso não seja aprovada no Congresso.

Bolsonaro rebateu o argumento do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, de que a mudança no sistema de votação teria um custo alto para os cofres públicos, de cerca de R$ 2 bilhões.
“Sei que vocês não estão preocupados em gastar R$ 2 bilhões do orçamento com uma maneira de nós termos a certeza de que se votou para prefeito, governador, vereador, deputado e que (o voto) vai ser para aquela pessoa”

Bolsonaro disse: “Vai ganhar eleição quem tem voto. Se não for dessa maneira, poderemos ter problemas em 22. E eu não quero problema. E quando falam, o Barroso mesmo, “mais R$ 2 bilhões”. Ô, Barroso, quem trata de Orçamento sou eu, não é você, tá?”. Ele questionou também se o ministro é “contra a democracia”. “Por que o ministro Barroso está tão preocupado em não ter eleições democráticas? Ele é contra a democracia? Parece que é. Se nós estamos oferecendo uma maneira de comprovar realmente que as eleições não vão ser fraudadas, porque ele quer que acabem as eleições e permanecemos na dúvida?”

Ainda ontem, Bolsonaro editou a medida provisória que recria o Ministério do Trabalho e Previdência e nomeia o novo titular, Onyx Lorenzoni, que estava à frente da Secretaria-Geral da Presidência. Os dois atos foram publicados no Diário Oficial da União (DOU).

A decisão de recriar a pasta faz parte do acordo feito pelo presidente para tornar o senador Ciro Nogueira (PP-PI) ministro da Casa Civil. A chegada do parlamentar ao governo fez Bolsonaro transferir o titular da pasta, general Luiz Eduardo Ramos, para a Secretaria-Geral. Mas para manter Lorenzoni no governo foi necessário desmembrar o Ministério da Economia, que abrigava até agora as atribuições relativos a trabalho e previdência.
O presidente disse que Luiz Eduardo Ramos “é uma pessoa nota 9 e não 10”, pois falta a ele conhecimento para articular com parlamentares.

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