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Haiti: bombeiros que atuaram em Mariana e Brumadinho vão prestar ajuda humanitária

País foi atingido por terremoto de magnitude 7,2 e por ciclone tropical.

Bombeiros de Minas Gerais que atuaram nas operações de resgate das tragédias de Mariana em 2015 e de Brumadinho 2019 enfrentam agora mais um desafio. Os militares decolaram de Boa Vista (RR), na manhã desta segunda-feira (23), com destino a Porto Príncipe, capital do Haiti, onde vão participar da ação de ajuda humanitária.

O país caribenho foi atingido por terremotos sendo o maior de magnitude 7,2. Em um cenário que já era devastador, o ciclone tropical Grace também provocou estragos no território haitiano. Mais de 2,2 mil pessoas morreram.

A equipe do Corpo de Bombeiros de Minas que vai atuar no Haiti é composta por quatro militares: capitão Tiago Costa, tenente Rafael Rocha, sargento Wesley Bernardes Faria e sargento Thales Leite Braga.

Eles são especialistas em operações de salvamento e gestão de desastre, com experiência em casos de desmoronamentos, podendo atuar em atividades como planejamento e inteligência de busca, realizando mapeamento estratégico, georreferenciamento e busca aérea.

“A frase que nós temos é que é melhor estar preparado para o impossível do que ser surpreendido pelo inesperado”, disse o capitão Tiago Costa.

Os bombeiros mineiros seguem para o Haiti junto a militares da Força Nacional e militares do Grupo de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. O avião também leva materiais e equipamentos de emergência, medicamentos e insumos estratégicos para atendimento de saúde.

Inicialmente, o avião decolou de Brasília, na manhã deste domingo (22), com mais de sete toneladas de suplementos. Mas uma “questão técnica” levou a Força Aérea Brasileira (FAB) a substituir a aeronave.

A troca de avião foi feita na Base Aérea do Cachimbo, no Pará. O problema não foi detalhado.

Além dos equipamentos de emergência e insumos, a equipe mineira também conta com ferramentas tecnológicas próprias para atuar em missões de colapso de estruturas, como detectores de vida. Esses equipamentos de precisão contam com microfones que conseguem captar ruídos nos escombros e sensores que detectam sinais vitais como respiração e batimentos cardíacos. Os sensores sísmicos e acústicos do sistema convertem as vibrações criadas pela vítima em sinais auditivos e visuais.

Segundo a assessoria do Corpo de Bombeiros, a previsão é que os militares cheguem a Porto Príncipe às 12h.

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