Por meio de nota enviada à reportagem, o Ministério da Saúde informou que há o registro de 61 infectados no Amazonas e que aguarda a confirmação de outros 22 “compatíveis com a doença em outras seis unidades federadas”. A pasta não respondeu, contudo, quais outros Estados também estão em alerta e se há um protocolo sanitário padrão nas diferentes regiões.
Uma das mortes, também sob investigação, é a de um homem de 55 anos, na manhã da terça-feira, 7. Ele estava internado no Hospital Municipal de Santarém, no Pará. Genivaldo Cardoso Azevedo começou a sentir os primeiros sintomas horas depois de consumir peixe. O laudo médico apontou como causa da morte uma “infecção generalizada”.
A Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) afirmou que outros dois casos são investigados em Belém e Trairão. Amostras de sangue e urina foram encaminhadas para o Laboratório Central do Pará (Lacen). A pasta disse ainda que os municípios estão orientados a aumentar a atenção ao acondicionamento do pescado e reforçou que o paciente deve buscar atendimento ao primeiro sinal.
Dos 61 casos já notificados no Amazonas, desde o dia 21 de agosto, 37 estão em Itacoatiara, a 176 quilômetros de Manaus. No dia 28 do mesmo mês, uma mulher de 51 anos morreu na cidade. Os outros estão distribuídos nos municípios de Silves (4), Borba (4), Manaus (3), Parintins (4), Maués (4), Urucurituba (2), Caapiranga (1), Autazes (1) e Manacapuru (1). A Fundação de Vigilância Sanitária em Saúde (FVS) afirmou que seis pessoas estão internadas e o surto ainda é investigado. Segundo a pasta, uma força-tarefa com técnicos sanitários monitora os casos em Itacoatiara
Eleuzina explica que a Haff é causada por uma toxina presente em alguns pescados e, uma das possibilidades, é de que, após se alimentar de uma alga tóxica, o peixe se infecte e passe a transmitir a doença. “É uma infecção de baixa efetividade, ou seja, que acomete poucas pessoas. Trata-se de um processo inflamatório que causa a ruptura da musculatura. O rim perde a capacidade de filtragem e, por isso, a urina escurece”, diz ela, que alerta para a necessidade de hidratação dos pacientes.
Fonte: Terra