
Estudantes da Escola Estadual Engenheiro Queiroz Júnior organizaram uma manifestação contra um suposto caso de assédio que teria acontecido, nessa quarta-feira (29), dentro das instalações da instituição de ensino de Itabirito, na Região Central de Minas Gerais.
De acordo com as denúncias recebidas pelo Sou Notícia, os alunos fizeram o protesto para repreender um suposto assédio cometido por professores contra alunas da escola.
A manifestação aconteceu em uma das trocas de horário de aula. Estudantes se mobilizaram com gritos e papéis com mensagens como: “mexeu com uma, mexeu com todas”; “a regra é clara: não é não”.
“Já tem anos que isso acontece. Não aguentamos mais. Tem pessoas responsáveis e maiores de idade envolvidas. As aulas não foram ouvidas e a escola não tomou providências. Ele (professor) continua a dar aula”, diz um dos relatos.
Outra mensagem alega que “a escola não está fazendo nada. Acobertou o professor. Ontem, a polícia veio aqui e as meninas fizeram o Boletim de Ocorrência, mas hoje o professor que está sendo acusado está na escola, como se nada tivesse acontecido. A escola não dá um posicionamento para a gente sobre o que vai fazer. Até o momento são três alunas que denunciaram e outras anonimamente por medo.”
Segundo o diretor da escola, Luiz Procópio, o protesto realizado nesta quinta-feira foi motivado por um caso que aconteceu nessa quarta-feira. “Ontem, na fila da merenda, e temos que reconhecer que a merenda da escola é muito boa e todos os alunos merendam, a fila estava na parte de baixo e os alunos se acumularam na fila pra merendar. Teve um caso com o professor X que pediu licença para poder entrar na sala dos professores, porque a sala dos professores fica no corredor e fica difícil passar”, iniciou o diretor.
“Ao pedir licença, uma aluna ficou incomodada. Ela nos repassou que ficou incomodada. Nós reunimos a direção e o colegiado da escola, ouvimos as aulas e duas mães que vieram pra conversar. Nós fizemos uma ata sobre a situação. Deixamos bem claro para as alunas que elas podiam tomar as atitudes que eram de direito, porque sempre reconhecemos isso, assim como o professor que também poderia tomar as atitudes que ele julgasse cabíveis e ficou tudo bem esclarecido assim”, completou.
Sobre o protesto realizado na data de hoje, o diretor afirma que o caso já está sendo conversado internamente. “Hoje, algumas alunas fizeram uma manifestação contra o professor. Porém, eu volto a dizer que o colegiado, que é representado por todos os setores da escola, já está discutindo a situação juntamente com as alunas e o professor”, disse Procópio.
O diretor da escola também afirmou que, segundo a Polícia Militar, que esteve na instituição de ensino ontem, o caso não pode ser considerado como assédio. “Nós até discutimos essa palavra assédio, porque é discutível, em termos judiciais. Inclusive, a aluna chamou a Polícia Militar e o sargento deixou bem claro que nesse caso não seria assédio. O professor também colocou três testemunhas para comprovar que ele não tinha assediado a aluna”, informou.
O professor acusado pelas alunas não estava na escola nesta quinta-feira. Segundo o diretor, o profissional afirmou que iria na Delegacia de Polícia Civil para deixar as autoridades a par da situação. “Ele é um bom professor. Ele dá aula aqui há muitos anos. É professor em outras escolas também”, considerou.
Para Procópio, a escola está preparada para lidar com eventuais casos de assédio. “Nós não aceitamos, de forma alguma, um procedimento desse. Acreditamos que não foi o caso desse professor. Aqui na nossa escola não temos esse problema. Nunca tivemos”, finalizou.
Pelo fato de o caso envolver menores de idade, o Sou Notícia não pôde conversar com as alunas dentro da escola. Entretanto, nossa reportagem está à disposição para ouvir os relatos dos pais ou responsáveis das estudantes sobre as acusações de assédio.
Pq vcs não falam que o nome dele e Luiz ???