Itabirito, cidade da região dos Inconfidentes, possui vários patrimônios históricos e culturais, como a Ruas Do Rosário e Sete de Setembro, o Museu de Ferro, o antigo Quartel da Polícia Militar e até mesmo o modo de fazer o nosso famoso pastel de angu.
Dentre os patrimônios tombados da cidade, encontram-se também as igrejas, como a Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, a Capela do Senhor Bom Jesus do Matosinhos e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Essa última, uma construção anterior a 1740, do século XVIII e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), tornou-se notícia a nível nacional por um triste episódio.
O forro do altar-mor da Igreja de Nossa Senhora do Rosário desabou na última segunda-feira (15). Nas redes sociais, o padre Miguel Ângelo Fiorillo, pároco da Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem, paróquia responsável pela Igreja do Rosário, creditou o desabamento às ações do Iphan e da Prefeitura de Itabirito, após uma obra que estava sendo realizada na igreja ter sido embargada.
Padre Miguel, fiel ao povo itabiritense, sempre preocupado em manter viva a história cultural do município, após se cansar de esperar alguma medida dos órgãos públicos para evitar o desabamento do Presbitério e das navetas laterais, resolveu começar, por conta própria, obras emergenciais na igreja. Isso se deu em maio deste ano e as obras emergenciais, segundo o padre, obedeciam o parecer do Iphan, seguindo orientações.
As obras estavam sendo realizadas com recursos próprios. Juntamente com o renomado engenheiro Sr. Ilacy Simões, o padre iniciou os trabalhos, sempre dispondo na empreitada de elevar o nome do município com seus préstimos, juntamente com os obreiros.
Entretanto, houve uma denúncia anônima e o padre foi surpreendido com o Termo de Embargo das obras emergenciais, o que paralisou a obra. Por isso, segundo padre Miguel, o desabamento já estava previsto. Nesta quinta-feira (18), a Polícia Federal e fiscais do Iphan fizeram uma vistoria na Igreja do Rosário, acompanhados pelo padre Miguel.
Assim como neste caso relatado, eu, como vereador, também fui alvo de denúncias, enquanto atuava em prol da população de Itabirito. Quase fui cassado, porque tentaram de todas as formas fazer com que eu perdesse meu mandato. Fui vítima de uma série de injustiças, o que poderia prejudicar o trabalho que estava sendo desenvolvido para a comunidade.
E mesmo após vencer essa batalha, eu continuo sendo perseguido. Por que isso acontece? Porque eu cobro e não me calo diante daquilo que não está certo. Me perseguem porque eu peço que seja feito o que for preciso para melhorar a vida dos munícipes.
Do mesmo modo que tentam me derrubar, fazem também com nosso atual prefeito, Orlando Caldeira, que constantemente é alvo de denúncias e acusações caluniosas, sem qualquer comprovação e respaldo, apenas pela maldade de atacar e desmerecer o bom trabalho.
Eu tenho indiferenças com o padre Miguel, mas não deixo de reconhecer que ele tem sido um desbravador na preservação da história de Itabirito.
É por isso que, tal qual o que vem sendo feito pelo padre Miguel, que não se cansa diante de tantas dificuldades, como pela falta de apoio dos órgãos públicos em sua luta diária, temos que reconhecer o bom trabalho de quem não mede esforços para beneficiar nossa cidade, seja quem for, porque desejar o bem para o município é o papel de todo e qualquer cidadão que queira ver Itabirito no caminho certo.
Pastor Anderson Martins é vereador, jornalista e presidente da Assembleia de Deus Missão – Ministério Itabirito. Casado, pai de quatro filhos, formado em Teologia pela Escola Bíblica Permanente Sião e comunicador. Tem sempre uma palavra de motivação e sabedoria para seus leitores e ouvintes.
