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Natural de Itabirito, empresária do ramo da estética fatura R$ 300 milhões com harmonizações faciais

Nascida em Itabirito, na Região Central de Minas Gerais, Andrezza Fusaro mudou-se para Curitiba, anos depois, para estudar odontologia. Depois de graduada, decidiu abrir sua própria clínica, uma ambição pessoal e desejo de longa data de seus pais.

A história da empreendedora Andrezza Fusaro mostra que, muitas vezes, o tal do “tino empreendedor” não está relacionado à execução do negócio em si. Dona da Royal Face, uma das principais redes de franquia no setor de beleza e bem-estar do país — com um faturamento de R$ 300 milhões — , Fusaro viu o negócio deslanchar apenas quando decidiu abrir mão da rotina operacional e dedicar-se apenas aos bastidores da gestão do empreendimento.

A rotina baseada em conciliar os atendimentos à gestão do negócio colocaram a empreendedora, pela primeira vez, diante de um dos principais percalços do empreendedorismo: a necessidade contínua de inovar, mesmo em um setor tão tradicional como o da saúde.

Com a clínica odontológica já estabelecida, ela aprendeu que o diferencial do negócio poderia ser o atendimento humanizado. “Logo entendi que os pacientes que recorrem ao atendimento vem em um momento de fragilidade, então ser delicado e humano era mesmo algo valioso”, conta. “Nunca tive medo de arriscar, fazia isso diariamente em coisas simples, principalmente no atendimento e comunicação com os pacientes”.

Os bons resultados da clínica levaram a empreendedora a buscar um ponto comercial maior para atender a uma demanda crescente de clientes que chegavam a formar filas na porta do estabelecimento.

Para manter o novo ponto — já disputado por outros comerciantes da região — e dar conta dos custos vitais do negócio (como aluguel e energia), ela decidiu concentrar esforços em um nicho de mercado em ascensão na época:o de clínicas de estética.

Apaixonada pelo setor de beleza, ela decidiu replicar a fórmula bem-sucedida do consultório em um novo empreendimento, criado em 2015: uma clínica de estética com procedimentos ligados à harmonização facial. Entre eles estão:

Aplicação de botox;

Aplicação de preenchedores faciais;

Fios de sustentação.

Nasce a Royal Face

Ainda tímido, o mercado de harmonização facial era um oceano azul. A inexperiência na área, porém, colocava em xeque a capacidade de Fusaro reter novos clientes. A estratégia encontrada foi aproveitar a boa reputação da clínica odontológica e batizar o negócio com seu próprio sobrenome, como forma de atrair a clientela mais fiel.

Em seis meses, a clínica de estética já tinha um desempenho acima do esperado. “A decisão mais acertada foi fechar a clínica odontológica. Precisava de mais tempo para me dedicar ao negócio”, diz.

Logo, o negócio recebeu novo nome e novos procedimentos. Por trás da estratégia estava a busca por comunicações com foco em diversidade e serviços acessíveis. Um passo para isso estava em campanhas de marketing com modelos “reais”, com peças publicitárias que dispensavam retoques fotográficos. “Sempre tentei mostrar que o botox e outros procedimentos de beleza são para todas e de todas as idades”, diz.

Do lado do acesso, uma das apostas de Fusaro foi criar o “carnê da beleza”, um método de pagamento com aprovação de crédito em até 15 minutos e que permitia parcelamentos em até 24 vezes. “Isso mudou a história do acesso aos procedimentos estéticos”, diz.

A era das franquias

Em 2018, o negócio, já com o nome de Royal Face, foi formatado para o modelo de franquia. O racional estava em manter o modus operandi do negócio, que já crescia de maneira acelerada. “Procuro estar sempre próxima do franqueado e sempre ajudá-lo no caminho e dificuldades, e isso mantém o padrão”, diz.

Hoje, a Royal Face tem 200 unidades e receitas na ordem de R$ 300 milhões. Até o final deste ano, a expectativa é inaugurar novas unidades e chegar a 350 clínicas.

“Agora entendo que meu talento como empresária e empreendedora sempre foi muito melhor utilizado na Royal Face pois cuidei e cuido da operação, mesmo que não colocando a mão na massa durante os procedimentos. A gestão é tudo”. As informações são da Exame.

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