O primeiro debate presidencial de 2022, realizado na noite de domingo (28) pelos veículos de comunicação Band, Folha de S.Paulo, TV Cultura e UOL, teve um saldo positivo para o atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Ele foi o grande alvo dos adversários e se saiu bem em diversos momentos, expondo as contradições dos demais candidatos.
Quando questionado por Bolsonaro sobre a corrupção em seu governo, Lula não conseguiu desenvolver uma resposta plausível e que confrontasse as afirmações de Bolsonaro, até porque a veracidade da corrupção nos governos Lula e Dilma (2003-2016) é algo inquestionável.
Foram vários escândalos de corrupção nos governos petistas: as malas de dinheiro do escândalo do Mensalão; o Petrolão e o desvio de bilhões de reais que quase quebrou a Petrobrás; envio de dinheiro ilegal para paraísos fiscais e CPI do Banestado; desvio de Dinheiro dos Transportes envolvendo o ministro petista Anderson Adauto; lista de propinas da Odebrecht; os dossiês forjados do PT contra adversários políticos; a queda de Palocci e o pedido de propina do PT em Ribeirão Preto; a roubalheira nos Correios; o pedido de propina de Waldomiro Diniz.
Em outro momento, Bolsonaro disse que o governo do petista “foi marcado pela ‘cleptocracia’, ou seja, um governo feito à base de roubo; e essa roubalheira era para conseguir apoio dentro do Parlamento, não era apenas para o ex-presidente”.
Outra frase marcante de Bolsonaro foi uma resposta ao ex-presidente Lula. “Que moral tu tem para falar de mim, ex-presidiário? Nenhuma moral”.
Bolsonaro conseguiu expor suas ideias e propostas, ressaltando as falhas dos governos do PT e a prisão de Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O debate presidencial ficou marcado por ataques ao presidente, vindos principalmente de Lula, Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT).
A candidata Soraya Thronicke (UB), que se elegeu senadora em 2018 graças ao apoio de Bolsonaro, também resolveu atacar o presidente, ameaçando “contar verdades”, que até o fim do debate não foram ditas. Soraya estava com uma postura agressiva, tentou intimidar Bolsonaro, mas mal conseguiu formular suas ideias e acabou sendo alvo de piadas nas redes sociais.
Um dos pontos altos do debate foi o embate entre Bolsonaro e a jornalista Vera Magalhães. Em uma pergunta a Ciro Gomes sobre a disseminação de desinformação sobre vacinas, Vera citou Bolsonaro como responsável por esse tipo de prática. Ao tomar a palavra, Bolsonaro criticou a jornalista. “Você não pode tomar partido em um debate como esse, fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro”, disse Bolsonaro.
Na pesquisa feita pelo UOL sobre quem foi o melhor no debate, até as 11h30 desta segunda-feira (29), Bolsonaro ganha com larga vantagem, com 65,74%. Lula aparece em segundo lugar, com 13,15%. Simone (10,64%), Ciro (7,99%), Felipe (1,84%) e Soraya (0,64%)
Se para Bolsonaro o debate foi bom, para Lula, ao contrário, foi um desastre. O candidato petista parecia não estar preparado para rebater as acusações que eram feitas sobre os diversos problemas enfrentados em seus governos. Lula não conseguiu se explicar, fugiu das respostas, aparentava estar nervoso e desconfortável com as verdades que foram mencionadas por Bolsonaro.
As mentiras de Lula
Durante o debate realizado pelos veículos de comunicação Band, Folha de S.Paulo, TV Cultura e UOL, o candidato do PT usou informações falsas em suas falas para atacar Bolsonaro. Lula afirmou que foi o PT quem criou a lei contra a lavagem de dinheiro, algo que não procede, já que a Lei nº 9.613 foi criada quatro anos antes de seu primeiro mandato, em março de 1998, no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Lula mentiu ao dizer, durante o debate, que quintuplicou o orçamento da educação durante seus governos. Segundo informações do Ministério da Educação, o valor na verdade passou de R$ 17,4 bilhões em 2003 para R$ 51 bilhões em 2010. Ou seja: o gasto aumentou três vezes e não cinco, como mencionado pelo candidato do PT.
O candidato do PT falou que gerou 22 milhões de empregos no Brasil durante seus 8 anos no governo. É mentira. Os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério da Economia, apontam que foram criados 15 milhões de empregos, 7 milhões a menos que o informado pelo petista.
O ex-presidente afirmou que foi o primeiro a indicar um negro para a Suprema Corte, quando indicou Joaquim Barbosa em 2003. Informação falsa, já que o primeiro negro na Suprema Corte foi Pedro Lessa, quase 100 anos antes, em 1907, cargo que ocupou até 1921. Depois, ainda houve Hermenegildo Rodrigues de Barros, que ficou no cargo entre 1919 e 1937.
Para defender suas escolhas para os ministérios e confrontar Bolsonaro, Lula disse que tirou ministro que não conseguia provar gastos. O petista mentiu, uma vez que, em 2008, o então ministro do Esporte do governo Lula, Orlando Silva (PCdoB), esteve envolvido em um escândalo que investigou o uso de cartões corporativos nos ministérios. Além de não ter sido demitido, Orlando ficou na pasta até o governo Dilma.
Lula mentiu também quando disse que o menor desmatamento da Amazônia foi feito durante seu governo (2003-2010). Na verdade, segundo o sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a menor taxa ocorreu em 2012.
Vocês são o veículo de comunicação mais patético que já vi na vida KKKKKKKKKKKKKK