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Setembro Amarelo: a importância de falar sobre a saúde mental das polícias

Itabirito amanheceu com a triste notícia do falecimento precoce do jovem Tenente Herbert Lucas Costa Baião Pereira, lotado na Diretoria de Comunicação Organizacional (DCO) da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e ex-comandante da 250ª Companhia da PM. Ele teria tirado a própria vida no km 35 da BR-356, em Nova Lima, na manhã desta quinta-feira (08).

Infelizmente, essa é uma realidade que tem aumentado exponencialmente ano após ano. No Brasil, o número de policiais que tiram a própria vida é maior que o dos que morrem em serviço. O suicídio de policiais é um problema grave no país. A taxa de suicídios entre policiais teve aumento de 55,4% em 2021. Ao todo, 121 policiais tiraram a própria vida no ano passado, segundo o 16º Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

A violência a que os policiais estão permanentemente expostos tem efeitos psicológicos graves. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, esse é um problema muito maior que muitas vezes é silenciado. São os fatores de risco da profissão que levam ao estresse ocupacional. Eles passam por dificuldades que outras pessoas podem ter, mas que no caso do policial esses problemas, quando associados ao estresse psicológico da profissão e do acesso à arma, podem facilitar esse tipo de ocorrência.

Setembro Amarelo

É por isso que se faz importante discutir sobre a depressão e o suicídio durante o ano inteiro. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa do Setembro Amarelo acontece durante todo o ano.

Atualmente, o Setembro Amarelo é a maior campanha anti-estigma do mundo. Em 2022, o lema é “A vida é a melhor escolha!” e diversas ações estão sendo desenvolvidas.

O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e gera grandes prejuízos à sociedade. De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 01 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.

É um grave problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária, câncer de mama ou guerras e homicídios.

Ajuda

O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece acolhimento emocional por meio de conselhos, ouvindo o que as pessoas têm a dizer e oferecendo algum tipo de consolo. As pessoas que se sentem com tendências suicidas não devem tentar lidar com este sentimento sozinhas. Falar com a família, amigos, voluntários da CVV ou um médico são opções de ajuda.

Voluntários do CVV estão preparados para oferecer apoio emocional, de forma gratuita e sigilosa, a todos que precisarem, pelo número 188, todos os dias 24 horas. Na internet, os contatos são pelo facebook.com/cvvoficial ou pelo site: www.cvv.org.br.

Pessoas que sofrem de ansiedade, depressão ou que correm risco de cometer suicídio devem ligar para o número e conversar com voluntários da instituição.

Se você quer saber mais informações sobre a campanha Setembro Amarelo e se atualizar sobre como ajudar uma pessoa que está enfrentando uma depressão, acesse www.setembroamarelo.com.

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