
Na noite dessa segunda-feira (26), a Polícia Militar do Meio Ambiente, durante operação, prendeu nove pessoas suspeitas de minerar irregularmente em uma área de preservação em Itabirito, na Região Central de Minas Gerais. As informações foram divulgadas pelo G1.
De acordo com os militares, o grupo já estava sendo monitorado há alguns meses.
As nove pessoas foram detidas e encaminhadas para uma delegacia de Nova Lima, na Grande BH.
Em julho, o Sou Notícia divulgou, com exclusividade, que uma mineração irregular havia sido descoberta e embargada no distrito de Ribeirão do Eixo, na BR-040, próximo ao quilômetro 588, em Itabirito.
À época, houve uma alegação de que a prática tratava-se de um desaterro, mas era uma informação falsa, usada como desculpa para fazer a mineração, com extração irregular de minério.
A extração clandestina de minério era feita das 0h às 5h, em um horário com pouca movimentação no distrito e na rodovia. Ainda não se sabe quem está por trás da ação criminosa.
Os moradores da comunidade de Ribeirão do Eixo fizeram diversas denúncias sobre a situação, junto à Prefeitura de Itabirito, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
A Câmara Municipal de Itabirito também recebeu cobranças por parte da população, ao ponto que o vereador Anderson Martins (MDB) chegou a cobrar ações na tribuna da Câmara, assim como o vereador Daniel Sudano (Cidadania). Moradores entraram em contato com os gabinetes parlamentares, pedindo socorro e alertando que as nascentes que existem na localidade estavam sendo atingidas.
Os vereadores pediram ações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, junto às autoridades, para tomar medidas contra a mineração clandestina. O pedido foi atendido.
Em uma ação conjunta que reuniu a Polícia Militar, a Guarda Civil Municipal de Itabirito e fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, na pessoa do secretário Fred Leite, em julho, o local foi devidamente embargado, sendo colocadas fitas zebradas. As autoridades encaminharam o caso para o setor da Polícia Federal, já que a prática trata-se de um crime federal.