Ufop divulga nota após polêmica sobre a qualidade da alimentação nos restaurantes de Ouro Preto e Mariana

Diante das preocupações levantadas pela comunidade em relação à qualidade da alimentação fornecida nos restaurantes universitários da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) em Ouro Preto e Mariana, a Coordenadoria de Restaurantes da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (Prace) decidiu esclarecer algumas questões relacionadas ao contrato e à atuação da empresa responsável pelo fornecimento das refeições.
Há alguns dias, a universidade foi acusada de servir alimentação em péssimas condições aos alunos e demais funcionários que fazem uso do “bandejão”. Foi alegado que alguns estudantes encontraram larvas, fezes e pedras na comida. O valor do ticket do restaurante universitário da Ufop é de R$ 7,06.
A Coordenadoria destacou que todos os alimentos hortifrutigranjeiros passam por um processo rigoroso de desinfecção antes do preparo, mesmo aqueles que serão posteriormente cozidos. A higienização, segundo a Prace, é realizada utilizando um produto à base de cloro, com os alimentos imersos por um período de 10 a 15 minutos, seguido de lavagem em água corrente. A seleção dos grãos também é feita manualmente, o que pode aumentar o risco de presença de impurezas. A empresa responsável pela alimentação substituiu os alimentos estocados e realizou um novo treinamento com a equipe para evitar a recorrência de problemas.
A Prace ainda ressaltou que o contrato da Ufop com a empresa não estabelece a quantidade exata de profissionais necessários para a execução do trabalho. A Lei de Licitações define apenas o perfil e a nomenclatura dos postos de trabalho. Para monitorar a execução do contrato, três servidoras efetivas da Universidade realizam duas verificações a cada quinzena, seguindo um Instrumento de Medição de Resultados (IMR). São avaliados 45 itens distribuídos em 5 áreas principais: rotinas de serviço, qualidade das refeições transportadas, planejamento e organização das refeições, coordenação das atividades operacionais e saúde dos trabalhadores e origem dos alimentos.
A fiscalização é realizada atribuindo notas aos processos, que variam de 6,75 (insatisfatório) a 9,0 (muito bom). Com base na média obtida, é determinado o faturamento do serviço, podendo haver descontos no valor pago pela Ufop caso sejam identificadas deficiências. A atual empresa responsável obteve a maior nota possível na primeira avaliação, porém, na segunda avaliação, a média caiu para 7,18, resultando em um desconto de 10% no valor a ser pago pelas 33.135 refeições disponibilizadas na primeira quinzena de maio.
A Coordenadoria de Restaurantes disse que tem acompanhado de perto as preocupações e questionamentos recebidos e que está aberta ao diálogo com entidades de classe e outras representações para esclarecer dúvidas e considerar possíveis melhorias. Denúncias, críticas e sugestões podem ser enviadas para o e-mail [email protected], visando aprimorar constantemente o serviço oferecido nos restaurantes universitários.
Veja um vídeo da Rádio Mariana FM que mostra a situação flagrada pelos estudantes nos restaurantes universitários: