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Encontro de Congados de Miguel Burnier celebra tradição afro-brasileira em distrito Ouro Preto

O tradicional Encontro de Congados de Miguel Burnier está prestes a encantar moradores e visitantes da histórica Ouro Preto nos próximos dias 2 e 3 de setembro. O evento, que já é um marco no calendário de celebrações tradicionais da cidade, promete reunir diversas guardas de congado da região para honrar Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia.

Organizado pela Banda de Congado Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia, liderada pelo ilustre Capitão Xisto, uma figura de referência para os congadeiros e reinadeiros da região, a festa é uma oportunidade única de vivenciar a riqueza cultural e religiosa do congado em Ouro Preto.

O Capitão Antônio Xisto, fundador do Congado de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia de Miguel Burnier, desempenha um papel fundamental na preservação dessa tradição secular, que une a devoção aos santos católicos de origem africana, como Santa Efigênia e São Benedito, além de Nossa Senhora do Rosário.

Kedison Guimarães, diretor de Igualdade Racial da Prefeitura de Ouro Preto e Capitão da Guarda de Moçambique Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia, expressou sua alegria em participar da festa e enfatizou a importância de manter viva essa tradição. “É uma satisfação poder celebrar em Miguel Burnier. Não podemos deixar essa tradição acabar, temos que fortalecer cada vez mais essa tradição, uma festa secular, na qual louvamos o rosário de Maria com todos os nossos irmãos congadeiros”, declarou Kedison.

O evento, intitulado “Salve Maria!”, promete uma programação repleta de atividades religiosas e culturais, incluindo missas, procissões, levantamento da bandeira e muitos cantos e danças. Além disso, congregados de cidades vizinhas, como Lafaiete e Congonhas, também estarão presentes, fortalecendo os laços culturais e religiosos da região.

A história dos Congados no Brasil remonta ao século XVII e é uma manifestação cultural e religiosa afro-brasileira que se espalhou por todo o país com o crescimento da população afro-brasileira. Em Ouro Preto, essa tradição teve início no século XVIII e incorpora elementos das tradições culturais de Angola, Congo e Moçambique, com influências da religiosidade portuguesa.

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