A mãe de uma estudante da Escola Estadual Professor Tibúrcio foi à delegacia nesta sexta-feira (20) e registrou boletim de ocorrência contra um professor da unidade por assédio sexual. Ela afirma que sua filha, de 13 anos, foi uma das vítimas de assédio dentro da instituição de ensino, localizada no bairro Vila Gonçalo, em Itabirito.
De acordo com o relato da responsável, o caso estaria ocorrendo há algum tempo, mas só foi revelado nesta sexta-feira, após a escola enviar um bilhete agendando uma reunião com os pais e responsáveis das alunas envolvidas.
A situação teria chegado ao conhecimento da direção da escola, que, de acordo com relatos da mãe de uma estudante, tomou medidas administrativas. Entre essas medidas, incluem-se depoimentos das alunas que supostamente foram vítimas de assédio e acionamento do Conselho Tutelar. A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) também foi notificada sobre o caso.
Um boletim de ocorrência foi registrado na tarde desta sexta-feira, na Delegacia de Polícia Civil de Itabirito. Questionada sobre a situação, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou “que investiga o fato ocorrido no dia 5/10, em um estabelecimento de ensino de Itabirito. Por envolver menores, o caso segue sob sigilo.”
A data de 5 de outubro mencionada pela PCMG seria, segundo a mãe de uma das estudantes, o último dia no qual o professor teria passado a mão no corpo de uma aluna da escola.
Segundo a mãe de uma das possíveis vítimas, os pais de outras adolescentes ainda não denunciaram a situação porque aguardam uma reunião que será realizada na escola. As menores também estariam com medo de serem prejudicadas de alguma forma e, por isso, ainda não tinham comunicado seus responsáveis sobre o ocorrido.
Entretanto, as alunas teriam reportado os supostos casos de assédio à direção da escola nessa quinta-feira (19). Ainda conforme o desabafo da mãe ao Sou Notícia, a escola enviou um bilhete nesta sexta-feira, agendando uma reunião para a próxima segunda-feira (23), com o propósito de discutir o assunto diretamente com os pais e responsáveis das alunas.
A mãe da estudante de 13 anos afirma que só tomou conhecimento da situação após ler o bilhete enviado pela escola, quando finalmente sua filha contou o que estaria ocorrendo. Ela alega ainda que a situação envolve mais de 10 alunas, sendo que a maioria delas tem menos de 14 anos, e que o problema ocorre há algum tempo.
O Sou Notícia entrou em contato com a Escola Estadual Professor Tibúrcio para tratar sobre o assunto, mas o diretor da instituição de ensino não estava presente e não foi possível ter um posicionamento da escola sobre o caso. A SEE-MG também não deu retorno até o momento de publicação desta matéria.