
O número de mortes violentas de mulheres, incluindo homicídios e feminicídios, aumentou 3% em Minas Gerais entre 2022 e 2023. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (18 de julho) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, por meio do 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O levantamento também revelou um aumento nos casos e denúncias de violência doméstica no Estado.
Em 2022, 491 mulheres perderam a vida em Minas Gerais. No ano passado, esse número subiu para 506, com 323 casos classificados como homicídio e 183 como feminicídio. Este aumento de 3% segue a tendência nacional, onde os feminicídios tiveram um aumento de 0,8%. Em todo o país, 1.467 mulheres foram mortas em crimes de violência doméstica ou simplesmente por serem mulheres. Mais da metade dessas mortes (64,3%) ocorreram na residência da vítima, e em 63% dos casos, o autor do crime era o parceiro íntimo. Ex-parceiros foram responsáveis por 21,2% dos feminicídios. Nove em cada dez autores de assassinatos de mulheres são homens.
Para o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, essa tendência está diretamente ligada à busca por direitos e igualdade de gênero. Estudos indicam que os casos de violência aumentam em resposta aos avanços sociais, como uma reação de resistência e tentativa de reverter esses progressos.
O anuário também aponta um aumento em todas as modalidades de violência registradas no país, incluindo a violência doméstica. Em Minas Gerais, o Disque 190 da Polícia Militar (PMMG) foi acionado 69.259 vezes para denunciar casos de violência doméstica, um aumento de 117,1% em relação a 2022, quando foram registradas 31.908 ligações.
Houve também um crescimento de 10,1% nos casos de ameaças, passando de 75.368 em 2022 para 83.006 em 2023. Minas Gerais está em segundo lugar no ranking nacional desta modalidade, atrás apenas de São Paulo, que registrou 778.921 casos.
Os casos de perseguição também aumentaram, passando de 3.126 em 2022 para 4.358 em 2023, representando uma alta de 39,5%. Segundo o Fórum, esses crimes podem ser o primeiro passo para outras formas de violência, incluindo o feminicídio.
Diante deste cenário preocupante, é essencial destacar iniciativas de apoio às mulheres em situação de vulnerabilidade, como o Instituto Florescer em Itabirito. Liderado pela psicanalista, sexóloga e pastora Damares Martins, o Instituto oferece acolhimento, assistência psicológica e jurídica às vítimas de violência.
O Instituto Florescer está localizado na Rua Capitão Serafim, nº 25, bairro Santa Efigênia, em frente ao Supermercado Sacramento. Funciona de segunda a sexta-feira, das 12h às 18h. Para mais informações, ligue para 31 99232-8520.