Fake news na campanha faz mais uma vítima: Romeu Zema supostamente envolvido em abuso sexual
Candidato ao governo de Minas Gerais nega e comprova que é vítima de calúnia.
Nesta terça-feira (16), o candidato ao governo de Minas Gerais pelo partido Novo, Romeu Zema, veio a público negar envolvimento num suposto caso de abuso sexual cometido contra uma criança de cinco anos em 2012. A revelação da acusação foi feita no último sábado (13), durante uma entrevista quantitativa, promovida pelo instituto Social Recrutamento e Pesquisa Ltda, com 40 eleitores, para saber os caminhos que levam um candidato à vitória.
“De acordo com uma das pessoas entrevistadas, em determinado momento da entrevista, uma mulher, que se identificou como pesquisadora do instituto, começou a narrar uma horripilante cena de estupro de uma criança de apenas cinco anos de idade, atribuindo a um candidato o protagonismo dessa violência. Na descrição foram relatadas muitas obscenidades, dentre as quais a penetração da criança que teria sido colocada no colo do candidato com conivência de uma outra mulher“, diz parte da matéria do jornal O Tempo. Apesar da notícia não citar nomes, Romeu Zema decidiu repudiar a acusação, por meio de uma nota. O candidato afirma que jamais cometeu qualquer crime. “É absurdo o que estão tentando me acusar. Não fiz, nem jamais faria, uma coisa tão repugnante”.
Segundo o candidato, a acusação surgiu após um processo familiar entre os pais da criança, fruto de um imbróglio pela guarda da filha. Em nota, Zema alega que o pai da menina inventou diversas mentiras e foi proibido pela Justiça de ficar sozinho com a própria filha. O documento do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) revela que Zema era namorado da mãe da criança na época em que a denúncia foi protocolada. “Isso é tão revoltante, principalmente por ser pai de dois filhos, que me recuso a continuar esse assunto e entrar nessa baixaria”, disse Zema.
Confira o documento do Ministério Público do Estado de Minas Gerais sobre a denúncia:
O Sou Notícia teve acesso ao relatório da Polícia Civil, com relatos da criança a uma psicóloga em Curitiba. De acordo com o relatório policial, a hipótese de violência sexual ficou descartada, tendo como base em “provas produzidas, declarações dos pais da menor, laudos psicológicos e médicos, depoimentos das testemunhas e informações colhidas na escola da menor”. A delegada que cuidou do caso reconheceu que o pai teria influenciado o relato da filha e que o caso se tratava de uma disputa pela guarda da criança.
Veja o relatório da Polícia Civil:
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Pedro Miguel
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